Neste domingo, 24, a atriz e diretora sueca Gunnel Lindblom morreu aos 89 anos após lutar longamente contra uma doença cuja natureza não foi revelada. Com uma carreira repleta de papeis marcantes, ela ficou internacionalmente associada à figura do compatriota Ingmar Bergman, cineasta que a dirigiu antes no teatro e depois no cinema. Nascida em 18 de dezembro de 1931, Gunnel veio de uma família da classe trabalhadora, se interessou por política aos 12 anos de idade e, depois de uma temporada trabalhando como balconista de teatro, foi incentivada a começar a estudar interpretação. Estreou nos cinemas em 1952, no filme Kärlek. Dois anos mais tarde, foi contratada por Bergman para integrar a trupe do Teatro da Cidade de Malmö, onde permaneceu até 1959. Adiante, fez parte do não menos prestigiado time do Royal Dramatic Theatre, onde encenou peças de Strindberg, Ibsen e Chekhov, se destacando por sua “sonoridade sombria e magnetismo sensual”, conforme constava numa crítica da época.
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Nos cinemas, seus principais papeis foram em filmes de Ingmar Bergman. Entre eles, destacam-se O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), A Fonte da Donzela (1960), Luz de Inverno (1963), e, principalmente, O Silêncio (1963), por muitos considerado seu grande trabalho nas telonas. Ainda nos anos 1960, Gunnel Lindblom trabalhou como assistente de direção teatral de Bergman no Royal Dramatic Theatre, estreando como diretora na década seguinte, chamando a atenção pela atenção à densidade psicológica dos personagens e abertura de uma perspectiva feminina então não comum no teatro sueco. Até o fim de sua vida, a atriz conciliou teatro, televisão e cinema. Seu último papel foi no curta-metragem The Swede (2014).