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Já disponível no streaming desde o final de fevereiro, O Auto da Compadecida 2 foi sucesso de bilheteria, sendo exibido, inclusive, em praças internacionais, como Portugal, Moçambique e Angola. A aposta, que chegou ao Prime Video, se confirmou como uma das maiores bilheterias nacionais desde a pandemia de COVID-19.

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Mas com a jornada de O Auto da Compadecida 2 no circuito nacional tendo acabado, fica a pergunta: a sequência teve mais êxito que O Auto da Compadecida (2000)? Quem lucrou mais? Qual o mais prestigiado? O Papo investigou as adaptações da obra de Ariano Suassuna. Siga o fio e saiba mais!

O AUTO DA COMPADECIDA 2: A TRAMA

Na trama, depois de 20 anos desaparecido, João Grilo (Matheus Nachtergaele) retorna à pequena Taperoá para se juntar ao seu velho companheiro Chicó (Selton Mello). Acontece que agora ele é recebido como uma celebridade na cidade. Agora, todo mundo quer beliscar um pouquinho dessa influência.

O AUTO DA COMPADECIDA: 2000 vs. 2024

BILHETERIA

A bilheteria da empreitada de 2024 superou significativamente os números do original. Enquanto a primeira adaptação cinematográfica da obra de Suassuna levou cerca de 2,1 milhões de espectadores aos cinemas, consolidando-se como um fenômeno nacional em sua época, a sequência alcançou a impressionante marca de 4,3 milhões de ingressos vendidos, tornando-se a segunda maior bilheteria de um filme brasileiro desde a pandemia de COVID-19. Esse desempenho ampliado pode ser atribuído a fatores como o apelo nostálgico de revisitar personagens icônicos após mais de duas décadas e uma campanha de marketing robusta.

CRÍTICA ESPECIALIZADA

No Papo, O Auto da Compadecida 2 não teve a melhor aprovação possível. Na crítica de Marcelo Muller, ele aponta, entre outras coisas, que o enredo “é feito de esquetes rápidas que se canibalizam, assim, mal um assunto é trazido à tona, ele é sufocado para dar lugar a outras coisas”. Outras críticas do meio também foram na mesma vertente, deixando as opiniões mistas.   

O Auto da Compadecida (2000)
O Auto da Compadecida (2000)

O mesmo não entanto não pode ser dito do longa de 2000, que foi, em grande parte, elogiado pela crítica. À época, na Folha de S.Paulo, Arnaldo Jabor ressaltou a “inovação do filme ao romper com a psicologia naturalista, adotando uma narrativa mais livre e veloz”. Ele também destacou a mise-en-scène de Guel Arraes que “inovou formalmente o cinema no Brasil”. Aliás, o próprio Suassuna, ainda vivo na época, aprovou a adaptação em entrevistas e chegou a chamá-la de “obra de arte” ao jornal O Globo. As críticas positivas também se traduziram em prêmios, com dez vitórias e outras dez indicações, entre premiações e festivais, para a trama de 2000.

RECEPÇÃO DO PÚBLICO

E quanto ao público? As recepções apresentaram diferenças marcantes, refletindo tanto o impacto duradouro do clássico quanto as expectativas em torno da continuação. O filme original mantém uma impressionante média de 8,6 no IMDb e 4,2 no Letterboxd, o que destaca sua popularidade e a admiração contínua dos espectadores ao longo dos anos.

O Auto da Compadecida 2 (2024)
O Auto da Compadecida 2 (2024)

O Auto da Compadecida 2 (2024) recebeu uma recepção mais mista. Embora tenha conquistado um público considerável, a sequência apresenta uma média mais modesta: 6,3 no IMDb e 3,0 no Letterboxd. Essas notas indicam uma decepção entre alguns fãs, que sentiram que a sequência não conseguiu capturar o mesmo charme e frescor do original, com críticas que apontaram para uma dependência excessiva da nostalgia, em detrimento da inovação.

LEGADO E IMPACTO MIDIÁTICO

Após comparações de diversos tópicos, é possível dizer que O Auto da Compadecida (2000) permanece como espécie de pilar da cultura cinematográfica brasileira, influenciando gerações e sendo referência em adaptações cinematográficas de obras literárias nacionais. O Auto da Compadecida 2 (2024), embora tenha alcançado sucesso comercial, não conseguiu replicar a profundidade cultural e a unanimidade de apreciação do original, refletindo as dificuldades comuns em continuar narrativas icônicas. Mas e você? Gosta mais de qual? Deixe sua opinião nos comentários!

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: [email protected]

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