No último domingo, 29 de março, se encerrou a 22ª edição do BAFICI – Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente. Os principais vencedores do ano vêm do cinema argentino e mexicano, respectivamente: enquanto Mi Última Aventura, de Ezequiel Salinas e Ramiro Sonzini, levou o Grande Prêmio da Competição Internacional, o filme Cosas que No Hacemos, de Bruno Santamaría Razo, ficou com o Grande Prêmio da Competição Americana.
O cinema brasileiro tem motivos para comemorar. Na Competição Americana, o prêmio de melhor atuação foi dividido entre duas brasileiras: Simone Spoladore, por O Livro dos Prazeres (2020), dirigido por Marcela Lordy, e Ayla Gresta, por Ainda Temos a Imensidão da Noite (2019), dirigido por Gustavo Galvão. O Livro dos Prazeres também recebeu uma menção especial de longa-metragem nesta categoria.
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5+1 :: Simone Spoladore
Em paralelo, o documentário O Amor Dentro da Câmera (2021), de Jamille Fortunato e Lara Beck Belov, levou dois prêmios: a menção especial de longa-metragem dentro da Competição Internacional, e a menção especial do prêmio SIGNIS (Associação Católica Mundial para a Comunicação). A brasileira Ilda Santiago também participou do evento como jurada da Competição Argentina, que premiou Implosión, de Javier Van de Couter.
O BAFICI sela a bela trajetória dos três longas-metragens. O Livro dos Prazeres havia vencido o prêmio de melhor atriz, melhor roteiro e menção honrosa de melhor fotografia no Festival de Vitória, além da seleção da Mostra de São Paulo. Ainda Temos a Imensidão da Noite também passou pela Mostra de São Paulo e pelo Festival de Brasília. Já O Amor Dentro da Câmera estreou no Panorama Coisa de Cinema.