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Senhoras e senhores, está aberta a Caixa de Pandora. A expectativa em torno de Barbie (2023) ensaia criar um novo filão em Hollywood: o dos filmes baseados em brinquedos, mas com uma pegada adulta e melancólica. Agora é a vez de o produtor Kevin McKeon vir à público dizer como será a adaptação às telonas de Barney e seus Amigos. Sim, trata-se exatamente daquele dinossauro magenta e verde (favor, não confundir a cor com roxo) que protagonizou um popular programa infantil transmitido nos Estados Unidos entre 1992 e 2010, contando com 14 temporadas e quase 300 episódios, exibido no Brasil por diversos canais. Contrariando quem acreditava numa versão fofinha “só para baixinhos”, o executivo afirmou que, na verdade, a ideia é ter um filme adulto que fale diretamente com millenials angustiados. Oi?

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Numa recente entrevista à revista New Yorker sobre o lançamento de Barbie, McKeon afirmou que o filme terá tintas surrealistas: “Estamos querendo expressar nele a angústia dos millenials, em vez de ajustar a rota para as crianças. Será realmente algo pernsado para adultos. Não que seja classificado como R, mas vai se concentrar nas questões inerentes a quem está na casa dos 30 anos e cresceu assistindo a Barney, ou seja, focado no desencanto dessa geração”. Vale lembra que Daniel Kaluuya continua firme e forte como a estrela do projeto (embarcou nele em 2019). Recentemente, numa entrevista ao Yahoo UK, ele confirmou sua continuidade na empreitada e disse que o desenvolvimento da adaptação atende aos seus altos padrões como produtor e ator. Promissor, não é mesmo?

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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