Bibi Ferreira, uma de nossas maiores artistas, morreu nesta quarta-feira, 13, aos 96 anos, em seu apartamento no Flamengo, bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Considerada um grande fenômeno, pois atriz, cantora, compositora, diretora e apresentadora, a filha da lenda Procópio Ferreira brilhou por décadas nos palcos e nas telas, sendo reverenciada nacional e internacionalmente. Segundo Tina, sua filha, Bibi provavelmente faleceu dormindo, no início da tarde, após a enfermeira que a acompanhava ter percebido uma considerável queda em seus batimentos cardíacos. A família já anunciou que ela será cremada, mas ainda não há informações sobre as cerimônias fúnebres.
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Nascida em 1º de julho de 1922, batizada Abigail Izquierdo Ferreira, Bibi estreou com apenas 20 dias de vida, no colo de sua madrinha Abigail Maia na encenação de Manhãs de Sol, de Oduvaldo Vianna. Por conta disso, Bibi dizia que sua carreira tinha praticamente a mesma duração de sua vida. Verdadeiramente apaixonada pelo teatro, a artista apresentou programas de TV, gravou discos, dirigiu espetáculos, foi enredo da escola de samba Viradouro em 2003 e teve recentemente sua trajetória contada em musical escrito por Artur Xexéo e Luanna Guimarães, com direção de Tadeu Aguiar. Uma de suas paixões era cantar Edith Piaf, o que fazia com maestria.
Nos cinemas, Bibi Ferreira estreou no ano de 1936, no longa-metragem Cidade-Mulher, dirigido pelo grande Humberto Mauro. Mais de 10 anos depois, em 1947, viveu Teresa em O Fim do Rio. Além disso, participou de alguns episódios do programa Grande Teatro Tupi e interpretou Carlota Joaquina na minissérie Marquesa de Santos (1984).
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