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Pela terceira vez um longa assinado pelo cineasta pernambucano Claudio Assis conquistou o prêmio máximo no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Após Amarelo Manga (2002) ganhar 7 Candangos (Melhor Filme, Prêmio do Júri Popular, Prêmio da Crítica, Ator, Fotografia, Edição e Prêmio Especial do Júri) e Baixio das Bestas (2006) se consagrar com outros 6 Candangos (Melhor Filme, Prêmio da Crítica, Trilha Sonora, Atriz, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante), chegou a vez de Big Jato fazer a festa no mais antigo festival de cinema do país. Ao todo foram 5 troféus: Melhor Filme, Ator, Atriz, Roteiro e Trilha Sonora. Claudio Assis, no entanto, também pela terceira vez vê seu filme sendo premiado, porém ele não.

Equipe do filme Big Jato e seus candangos!
Equipe do filme Big Jato e seus candangos!

Marcélia Cartaxo, escolhida como Melhor Atriz, ganhou seu quarto Candango no festival, após ter sido premiada por A Hora da Estrela (1985), também na categoria principal, e por Fronteira das Almas (1987) e por 16060 (1996), ambas as vezes como Coadjuvante. Já Matheus Nachtergaele, escolhido como Melhor Ator, ganhou pela primeira vez em Brasília, após ter sido reconhecido anteriormente em praticamente todos os demais festivais de cinema do país: Recife, Gramado, Rio de Janeiro, Natal e Ceará.

O longa mais premiado do 48° Festival de Brasília, no entanto, foi o paranaense Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba, com sete vitórias: Melhor Direção, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Fotografia, Direção de Arte, Montagem e Prêmio da Crítica. A Família Dionti, de Alan Minas, foi o Melhor Filme pelo Júri Popular, enquanto que Fome ganhou o Candango de Melhor Som e o Prêmio Especial do Júri, pela atuação de Jean-Claude Bernardet. Prova de Coragem, de Roberto Gervitz, e Santoro: O Homem e sua Música, de John Howard Szerman, saíram sem prêmios do Júri Oficial.

Entre os curtas, o grande vencedor foi Quintal, de André Novais, premiado ainda como Melhor Atriz (Maria José Novais, mãe do diretor) e Roteiro. Já o documentário Santoro: O Homem e sua Música se consagrou na Mostra Brasília, conquistando o Prêmio Assembleia Legislativa de Melhor Filme, Direção e Trilha Sonora, enquanto que O Outro Lado do Paraíso foi o mais premiado, vencendo nas categorias de Júri Popular, Ator (Davi Galdeano), Atriz (Simone Iliescu), Roteiro, Direção de Arte, Edição de Som e Captação de Som. Santoro: O Homem e sua Música levou ainda os paralelos Prêmio Exibição TV Brasil e Prêmio Marco Antônio Guimarães.

Nas nossas previsões sobre quais dos candidatos tinham mais chances em cada uma das 14 categorias oficiais de longas-metragens, nos saímos de acordo com o esperado na maior parte dos quesitos. Entre os “vai ganhar”, tivemos 5 acertos. Porém, entre aqueles que estávamos na torcida (ou seja, os que “merecem ganhar”), tivemos 8 apostas certeiras – ou seja, mais do que a metade! No total, em apenas quatro categorias o vencedor não estava entre os nossos favoritos! Confira a seguir a lista completa de premiados do 48° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:

 

Mostra Competitiva de Longas-metragens

Filme: Big Jato, de Claudio Assis
Direção: Aly Muritiba, por Para Minha Amada Morta
Ator: Matheus Nachtergaele, por Big Jato
Atriz: Marcélia Cartaxo, por Big Jato
Ator Coadjuvante: Lourinelson Vladmir, por Para Minha Amada Morta
Atriz Coadjuvante: Giuly Biancato, por Para Minha Amada Morta
Roteiro: Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, por Big Jato
Fotografia: Pablo Baião, por Para Minha Amada Morta
Direção de Arte: Mônica Palazzo, por Para Minha Amada Morta
Trilha Sonora: DJ Dolores, por Big Jato
Som: Cláudio Gonçalves e Flávio Bessa, por Fome
Montagem: João Menna Barreto, por Para Minha Amada Morta
Prêmio Especial do Júri: Jean-Claude Bernardet, por Fome
Júri Popular: A Família Dionti, de Alan Minas
Prêmio Exibição TV Brasil: Santoro: O Homem e sua Música, de John Howard Szerman
Prêmio Marco Antônio Guimarães: Santoro: O Homem e sua Música, de John Howard Szerman
Prêmio da Crítica – Troféu ABRACCINE: Para Minha Amada Morta, de Aly Muritiba

 

Mostra Competitiva de Médias ou Curtas-metragens

Filme: Quintal, de André Novais
Direção: Nathália Tereza, por A Outra Margem
Ator: João Campos, por Cidade Nova
Atriz: Maria José Novais, por Quintal
Roteiro: André Novais, por Quintal
Fotografia: Leonardo Feliciano, por À Parte do Inferno
Direção de Arte: Fabiola Bonofiglio, por Tarântula
Trilha Sonora: Sérgio Pererê, Carlos Francisco, Gabriel Martins e Pedro Santiago, por Rapsódia para o Homem Negro
Som: Léo Bortolin, por Command Action
Montagem: Pablo Ferreira, por Afonso é uma Brazza
Prêmio Especial do Júri: História de uma Pena, de Leonardo Mouramateus
Júri Popular: Afonso é uma Brazza, de Naji Sidki e James Gama
Prêmio Canal Brasil: Rapsódio para o Homem Negro, de Gabriel Martins
Prêmio da Crítica – Troféu ABRACCINE: A Outra Margem, de Nathália Tereza
Prêmio Saruê: Copyleft, de Rodrigo Carneiro (pelo discurso de apresentação como melhor momento do festival)

 

Mostra Brasília

Longa: Santoro: O Homem e sua Música, de John Howard Szerman
Curta: A Culpa é da Foto, de Eraldo Peres, André Dusek e Joedson Alves
Direção: John Howard Szerman, por Santoro: O Homem e sua Música
Ator: Davi Galdeano, por O Outro Lado do Paraíso
Atriz: Simone Iliescu, por O Outro Lado do Paraíso
Roteiro: Marcelo Müller, Ricardo Tiezzi, José Rezende Jr. e André Ristum, por O Outro Lado do Paraíso
Fotografia: Lelo Santos, por O Escuro do Medo
Montagem: Armando Bulcão, por Alma Palavra Alma
Direção de Arte: Beto Grimaldi, por O Outro Lado do Paraíso
Edição de Som: Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Eduardo Virmond, por O Outro Lado do Paraíso
Captação de Som: Toninho Muricy, por O Outro Lado do Paraíso
Trilha Sonora: Alessandro Santoro, por Santoro: O Homem e sua Música
Longa – Júri Popular: O Outro Lado do Paraíso, de André Ristum
Curta – Júri Popular: Ninguém Nasce no Paraíso, de Alan Schvarberg

 

Prêmio ABCV (Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo): Homenagem ao ator Gê Martu

 

(Fonte: Redação PdC)

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