Bilheterias Estados Unidos :: Amor, Sublime Amor estreia com resultados fracos

O ano não tem sido muito favorável aos musicais. Depois de Em um Bairro de Nova York (2021) conseguir resultados fracos nas bilheterias, e Tick, Tick… Boom! (2021) despertar atenção modesta em streaming, Amor, Sublime Amor (2021) estreou com números inferiores à previsão do mercado. A refilmagem do clássico de 1961, agora sob o comando de Steven Spielberg, arrecadou apenas US$10,5 milhões nas bilheterias nacionais, apesar de ter custado cerca de US$100 milhões em produção.
Resta esperar que a história de amor proibido opondo um jovem branco e uma garota porto-riquenha aumente sua visibilidade caso conquiste alguns troféus na temporada de premiações. As maiores apostas para o Oscar 2022 até o momento têm registrado resultados ínfimos nas salas de cinema, a exemplo de Casa Gucci, O Último Duelo, Spencer e Belfast. Nesta fase de retomada das salas de cinema, ainda sob a ameaça da Covid-19, o público tem privilegiado grandes produções familiares e de super-heróis, ao invés dos filmes voltados ao público adulto.
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A situação de Amor, Sublime Amor se torna ainda mais delicada quando se lembra que ele não tinha concorrência essa semana, sendo o único lançamento em circuito nacional. Por isso, os US$ 10,5 milhões bastaram ao musical para ocupar a liderança do fim de semana, superando a animação Encanto (2021), da Disney, que arrecadou US$ 9,4 milhões em sua terceira semana de exibição. Somando com as bilheterias internacionais, o projeto acaba de superar a marca de US$ 150 milhões.
O restante do top 5 segue a ordem da semana anterior: a fantasia Ghostbusters: Mais Além (2021) ocupa a terceira posição com US$ 7,1 milhões (atingindo US$ 164 milhões mundialmente); enquanto Casa Gucci (2021) aparece em quarto lugar, com US$ 4,1 milhões (chegando a US$ 93 milhões no mundo inteiro), e Eternos (2021), da Disney, fecha o grupo com US$ 3,1 milhões no fim de semana (ou US$ 395,3 milhões acumulados no total).

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Bruno Carmelo

Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.

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