O cineasta e ator Bob Rafelson faleceu no último sábado, 23, em sua casa em Aspen, nos EUA, cercado de sua família. A notícia foi confirmada à revista Variety pela assistente do realizador, sem citar a causa da morte. Diretor de mais de 10 filmes, Rafelson foi um dos criadores da série Os Monkees (1966-1968) e contribuiu para a Nova Hollywood, movimento que renovou significativamente a produção técnica do cinema estadunidense nos anos 1970.
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Bob estudou na Dartmouth College e começou sua carreira em emissoras de TV, adaptando clássicos do teatro para o programa Play of The Week, do Canal 13, no final dos anos 1950. Ao assistir ao filme Os Reis do Iê, Iê, Iê (1964), de Richard Lester e estrelado pelos Beatles, teve a ideia de criar uma série sobre uma banda de rapazes. A partir de 1966, teve início o programa Os Monkees, que ajudou a idealizar e que permaneceu no ar até 1968. Nesse meio tempo, chegou a vencer um Emmy de Melhor Série de Comédia. Ao final da empreitada, levou a trama para o cinema com Os Monkees Estão de Volta (1968).
Em 1970, Rafelson deixou sua marca na indústria cinematográfica ao dirigir o drama Cada um Vive como Quer. Estrelado por Jack Nicholson, o longa integrou o movimento Nova Hollywood e rendeu a Bob duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Filme e Roteiro Original em 1971. Dez anos depois, voltaria a trabalhar com Nicholson em O Destino Bate à Sua Porta (1981), com Jessica Lange.
Vale lembrar que o norte-americano já havia deixado a carreira há duas décadas para se concentrar na criação dos filhos Ethan e Harper, ao lado de Taurek Rafelson. Ele e sua primeira esposa, Toby Rafelson, também tiveram dois filhos: o produtor e compositor Peter Rafelson (Open Your Heart, de Madonna) e Julie, que morreu em 1973 aos 10 anos. Sua última contribuição em longas foi comandando o suspense Sem Risco Aparente (2002).