Em publicação no Diário Oficial de sexta-feira, 30, o presidente Jair Bolsonaro indicou dois nomes para comporem a diretoria colegiada da Ancine (Agência Nacional do Cinema). A decisão precisa ser ratificada com rapidez pelo Senado, visto que o mandato de Alex Braga Muniz, em função interina, expira no dia 14 de maio.
Conforme relatado pelo site Farofafá, da Carta Capital, o governo federal aposta na continuidade de funcionários já pertencentes à agência. Foram indicados à recondução os nomes de Alex Braga Muniz e de Vinícius Clay Araújo Gomes, porém sem a presença do pastor Edilásio Barra, defendido por Bolsonaro anteriormente. O problema é que Muniz e Clay estão em vias de julgamento por improbidade administrativa pela 11ª Vara Federal, em virtude de suas ações dentro da Ancine.
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Através deste gesto, o governo evita mexer no vespeiro da agência, indicando novos nomes alinhados à extrema-direita, enquanto foge à responsabilidade de resolver a crise institucional que tem paralisado o financiamento de filmes e atrasado a análise de prestação de contas. Em outras palavras, a recondução dos nomes reflete uma vontade de deixar a agência como está.
Além disso, caso aprovados pelo Senado, Muniz e Clay cumprirão mandatos-tampão até serem de fato efetivados em cargos definitivos. Quanto à lista de substitutos, o governo indicou em primeiro lugar Mauro Gonçalves de Souza, assessor parlamentar do PSL do Rio de Janeiro, conhecido por invadir um hospital de campanha portando uma arma em 2020.
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