Você gosta de filmes musicais, mas sempre acha estranho quando os personagens começam a cantar e dançar de repente? Bong Joon-ho concorda com você. O diretor de Parasita (2019) revelou à revista Empire que adoraria dirigir um musical, mas “teria que ser diferente”, nas palavras do sul-coreano. Ele se explica:
“Os personagens começariam a cantar, mas depois pensariam: ‘Meu Deus, o que estou fazendo, isso é cafona demais’ e parariam em seguida. Existem grandes filmes musicais, como Cantando na Chuva. Mas quando eu assisto a eles, me sinto envergonhado e constrangido”. Pelo visto, o projeto estaria muito mais próximo de uma paródia dos musicais, ou um musical metalinguístico, do que de um musical propriamente dito. Mas para quem já dirigiu tramas sobre a humanidade vivendo num trem, monstros marítimos e famílias escondidas dentro da casa alheia, nada parece impossível.
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De qualquer modo, um eventual musical de Bong Joon-ho não aconteceria tão cedo. Primeiro, ele está adaptando uma versão de Parasita para a HBO, em formato minissérie. Depois, tem mais dois filmes sendo desenvolvidos em seu país: o primeiro, “com elementos únicos de horror e ação”, e o segundo, “baseado numa história real que aconteceu em 2016”, embora o cineasta não deseje fornecer maios informações por enquanto.
Desde que venceu o Oscar, o diretor tem certamente recebido diversas propostas de filmes, tanto em seu país quanto nos Estados Unidos. Ele aproveita o momento: além do musical “diferente”, Joon-ho admitiu que gostaria de dirigir um filme noir nos moldes de A Marca da Maldade (1958) e um projeto de ação como Fugindo do Inferno (1963). Haja tempo, dinheiro e disposição para colocar todas essas ideias em prática.