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Desde que venceu o Oscar de Melhor Direção por Parasita (2019), o cineasta sul-coreano Bong Joon-Ho se tornou uma figura poderosa internacionalmente. Não que ele tenha sido “descoberto” da noite para o dia, aliás, longe disso. Sua carreira pregressa está repleta de filmes ainda melhores do que o laureado drama social com verniz satírico (polêmica?). Mas, não dá para negar que no mundo globalizado do cinema ele passou a ter outro peso quando quebrou os paradigmas de uma premiação corporativista que reluta diante da possibilidade de celebrar obras não faladas em inglês. Perguntado pela reportagem do The Hollywood Reporter sobre os desafios impostos pela pandemia ao setor audiovisual, ele falou das dificuldades, mas demonstrou um otimismo encorajador.

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“Por causa da Covid-19, na Coréia e no resto do mundo, os cineastas passaram por momentos muito difíceis no ano passado, algo que continua neste ano. Mas, de certa forma, olhando para trás, parece que tudo isso foi um teste. E o que esse teste reafirmou foi a força vital do cinema. Como cineasta, não acredito que a história do cinema pudesse ser interrompida tão facilmente, então Covid passará e o cinema continuará”. Bong Joon-Ho é o presidente do júri do Festival de Veneza, evento que começou nesta quarta-feira, 01, na Itália.

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Foto: Richard Shotwell
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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