Crescendo a olhos vistos em comparação à sua primeira edição, o 2º Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-americano apresentou como novidade para este ano uma tela complementar ao palco principal das exibições das mostras competitivas. Trata-se do Cine Bonito, uma estrutura montada ao ar livre para receber pré-estreias nacionais entre outras exibições especiais. Localizado no Centro Múltiplo Uso (88, Av. Paulo VI, 50 – Bnh), a nova parada obrigatória dos participantes do Bonito CineSur é composta de uma telona enorme, equipamento de som potente e cadeiras de plástico para abrigar grande público. Aliás, o evento disponibilizou ônibus gratuito para a população da cidade e dos arredores a fim de incentivar a presença de um público não necessariamente acostumado às telonas. Vale lembrar que em Bonito não há sala comercial de cinema, então o evento presta um grande serviço comunitário ao oferecer uma estrutura como essa à população local.
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Neste sábado, 20, a programação no Cine Bonito contemplou a exibição de dois filmes, um curta-metragem local e uma pré-estreia nacional estrelada por Edson Celulari e Carol Castro. Para um público considerável, que não chegou a lotar o local, mas cujo número deixou uma ótima impressão sobre a aderência da comunidade, foi inicialmente projetado Entre Rios e Histórias (2003), de Alexandre Basso, documentário poético que enfatiza a importância da tradição oral. Nele, vários personagens antigos de Bonito contam causos acerca dos tempos remotos deste que é um dos destinos turísticos mais importantes do Brasil. Na sequência, quando o frio apertou um pouco na noite de Bonito, houve a exibição a céu aberto de Ainda Somos os Mesmos (2023), mais novo filme de Paulo Nascimento, tentativa nem sempre bem-sucedida de navegar entre o melodrama e o drama histórico/político. Nele, enquanto um jovem brasileiro idealista sofre confinado na embaixada da Argentina no Chile depois do golpe de estado no nosso país vizinho, seu pai mexe os pauzinhos com a ditadura brasileira para salvar o garoto.
