A abertura do 2º Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-americano aconteceu em torno da homenagem a uma grande figura do cinema brasileiro. Numa estrutura linda montada no Centro de Convenções local, a sede principal do evento durante os nove dias de programação, o público se aglomerou na noite fria na cidade de Bonito para aplaudir Reginaldo Faria, ator/produtor e diretor presente na companhia de parte de sua família. Os apresentadores dessa festividade inaugural foram Lucélia Santos e Johnny Massaro, dupla que distribuiu simpatia ao dar conta do protocolo. Depois das boas-vindas, dos agradecimentos aos patrocinadores, das mensagens de conscientização ambiental e do reforço de que, se depender da organização, o Bonito CineSur veio para ficar no calendário dos festivais cinematográficos brasileiros, o público que lotou o local testemunhou um emocionado Reginaldo Faria subindo ao palco, quebrando o protocolo e falando antes que fosse exibido um clipe montado pelo Canal Brasil: “vocês me desculpem, mas vou falar antes, porque senão depois sei que não vou conseguir”.
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Vivas a Reginaldo Faria
Reginaldo falou do quão feliz estava por receber a homenagem, prestou tributos ao membros presentes de sua família e falou um pouco sobre a realização do filme que o público veria a seguir, o clássico Selva Trágica (1964), fazendo questão de mencionar o seu saudoso e já falecido irmão Roberto Farias como o grande arquiteto do longa ambientado num Brasil profundo em que a violência está a serviço do capitalismo. Depois da exibição do clipe com trechos dos filmes mais conhecidos do homenageado, ele voltou ao púlpito, agora com troféu em punho, e falou mais um pouco, às vezes em meio a lágrimas, sobre a satisfação de estar recebendo esse carinho do Bonito CineSur. Logo depois, Lucélia Santos e Johnny Massaro deram o festival por oficialmente aberto e foi a vez de apagar as luzes e começar a sessão.
O clássico revisitado
Selva Trágica bateu na telona do 2º Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-americano como uma história de amor atravessada pela exploração do homem pelo homem. A exibição coroou a homenagem mais do que merecida a Reginaldo Faria, ator que fez questão de rever o seu trabalho ao lado dos familiares. A nota negativa ficou apenas por conta do comportamento de parte do público, um pouco inquieto durante a projeção (conversas paralelas em volume inadequado, luzes de celulares quebrando a escuridão do cinema, etc.). Certamente, muito mais um sinal dos nossos tempos ansiosos do que qualquer falta de capacidade do filme de prender a atenção com sua história de amor e fúria. Continue aqui ligado conosco que terá muito do 2º Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-americano no Papo de Cinema,
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