A Academia Brasileira de Cinema e Artes Visuais escolheu a presidente do Comitê de Seleção do Oscar 2021. A cineasta Viviane Ferreira coordenará a decisão do representante brasileiro ao troféu de melhor filme internacional. Vale lembrar que a organização possui autonomia para determinar nosso candidato, sem sofrer pressões do governo.
Ferreira preside a APAN – Associação de Profissionais do Audiovisual Negro, além de ser advogada, sócia-diretora da Odun Filmes e mestre em políticas do audiovisual pela UnB. Seu filme mais recente, Um Dia com Jerusa (2019), foi exibido na Mostra de Tiradentes 2020, discutindo a sororidade e a transmissão de conhecimento entre diferentes gerações de mulheres negras. Léa Garcia estrela a obra.
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Ferreira elegerá o filme junto dos diretores de fotografia Affonso Beato e Lula Carvalho, da cineasta Laís Bodanzky e dos produtores Clélia Bessa, Leonardo Monteiro de Barros, Renata Magalhães, Rodrigo Teixeira e Roberto Berliner. A partir de todas as inscrições de projetos elegíveis, a comissão define uma lista de dez finalistas, dentre os quais será eleito o representante brasileiro.
Este ano, o processo foi dificultado pela pandemia de Covid-19, que atrasou produções e lançamentos comerciais, além de provocar o fechamento das salas de cinema e o adiamento ou cancelamento de festivais. Mesmo assim, o Brasil possui bons títulos capazes de postular à estatueta, como Pacarrete (2019) e Fim de Festa (2019), que já estrearam comercialmente, Três Verões (2019), prestes a estrear no mês de setembro, além de Breve Miragem de Sol (2019), Um Animal Amarelo (2020) e Casa de Antiguidades (2020), passíveis de qualificação caso organizem o lançamento oficial até 31 de dezembro de 2020.