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Você sabe o que faz uma Supervisora Musical? Se trata de uma atividade que acompanha do início ao fim um projeto audiovisual. Ela é responsável pelo conceito musical de filmes e séries, mas também precisa lidar com demandas de ordens práticas e jurídicas. Portanto, para ocupar essa função, é preciso uma gama relativamente ampla de conhecimentos, tanto artísticos quanto burocráticos e legais. E uma brasileira vem se destacando nessa atividade, assim expandindo o mercado em várias produções internacionais voltadas ao streaming. Patrícia Portaro é formada em direito e passou por vários espaços da indústria fonográfica antes de se tornar Supervisora Musical de projetos audiovisuais. Desde 2014 radicada em Los Angeles, ela faz parte da Air Lumiere, empresa que atua em produções nos Estados Unidos e América Latina. Patrícia ficou responsável pela supervisão de seis projetos no primeiro semestre de 2022: Lulli, Lov3, De Volta Aos 15, Wake Up Carlo e Só se For Por Amor.

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“As produções no Brasil estão se profissionalizando cada vez mais e nos últimos anos a figura do Supervisor Musical se tornou muito mais importante devido às exigências criativas e contratuais dos produtores.  (…) Minha formação como advogada é essencial nessa profissão, já que ela é 50% criativa e 50% legal/negocial. Sem o conhecimento da parte legal, o trabalho é mais para ‘direção ou produção musical’ e não supervisão musical nos moldes norte-americanos. Entender de música e estar antenado é fundamental, mas o supervisor musical também deve cuidar da parte legal e ter um vasto network de gravadoras, editoras, managers e artistas. Afinal, temos que encontrar soluções musicais para cada projeto”, comenta Patrícia que arremata dizendo que nos Estados Unidos “o Supervisor Musical,  às vezes, é tão importante quanto o compositor da trilha original ou editor de som”.

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“Lulli”, uma das séries nas quais Patrícia trabalha
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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