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O filme Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, dos cineastas João Salaviza e Renée Nader Messora, conquistou nesta sexta-feira, 18, o prêmio do júri da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes. Há sete anos a categoria não contava com uma produção brasileira. Antes da exibição, os realizadores fizeram um protesto no tapete vermelho pedindo “demarcação do território indígena” e clamando “pelo fim do genocídio indígena”.

“O Brasil indígena é historicamente negado, silenciado, assassinado. Mas é justamente esse Brasil que sai exaltado de Cannes. Os Krahô ocuparam este espaço com sua língua, seu corpo e seus espíritos. A importância deste reconhecimento transcende o gesto cinematográfico, até porque existem hoje no Brasil dezenas de diretoras e diretores indígenas que estão contando suas histórias e sendo donos de suas imagens. É maravilhoso estarmos aqui e é uma pequena revolução, mas a grande revolução terá acontecido quando esses cineastas estiverem ocupando também estes lugares.”, diz a nota assinada pelos cineastas, comentando a premiação.

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Rodado ao longo de nove meses na aldeia Pedra Branca (Terra Indígena Krahô, no Tocantins), sem equipe técnica e em negativo 16mm, o filme acompanha Ihjãc, jovem Krahô que, após um encontro com o espírito do seu falecido pai, se vê obrigado a realizar sua festa de fim de luto.

 

(Fonte: Sinny Assessoria)

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