Embora alguns setores da sociedade brasileira questionem a importância do cinema nacional da atualidade, entre eles as esferas federais do governo, os resultados internacionais dos nossos exemplares continuam contradizendo os seus detratores. Depois da recepção efusiva, o longa-metragem A Febre (2019), da cineasta Maya Da-Rin, fez bonito no recentemente encerrado Festival de Locarno ao ganhar o prêmio de Melhor Ator (Regis Myrupu), além de garantir os troféus FIPRESCI (concedido pela Federação Internacional dos Críticos de Cinema) e Youth Prize.
“Estou muito emocionado com esse prêmio. Nós, povos indígenas, estamos vivendo um momento muito difícil. Não só nós, mas também a nossa casa, a floresta, está sendo destruída. Então, um indígena recebendo um prêmio como esse mostra a nossa força e capacidade de atuarmos na sociedade não indígena, seja participando de um filme, seja como médicos ou advogados, sem que isso signifique a perda das nossas origens ou o esquecimento da nossa cultura”, afirmou Regis, estreante como ator.
LEIA MAIS
Ataques de Jair Bolsonaro à Ancine repercutem internacionalmente
Nada a Perder 2 :: Fieis da IURD distribuem ingressos da cinebiografia
47º Festival de Gramado :: Só Sei que Foi Assim é eleito o melhor curta gaúcho
O grande vencedor do 72º Festival de Locarno, que aconteceu na cidade suíça de 07 a 17 de agosto, foi Vitalina Varela (2019), do cineasta português Pedro Costa. O filme já possui uma previsão de estreia por aqui, uma vez que a Zeta Filmes agendou março de 2020 para lança-lo em circuito brasileiro. Aliás, a distribuidora também confirmou recentemente que será responsável por trazer ao Brasil O Fim da Viagem, o Começo de Tudo (2019), novo filme de Kiyoshi Kurosawa, responsável por encerrar o evento, que chega por estas plagas já no próximo dia 12 de setembro.
(Fontes: Primeiro Plano / F&M Procultura)