20210114 warner universal papo de cinema

Boatos circulavam nos corredores no mercado brasileiro sobre uma possível parceria em nosso território entre as gigantes Warner Bros. e Universal Pictures. Nesta segunda-feira, o Portal Exibidor noticiou que realmente há algo em curso, principalmente porque o CADE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, deu parecer favorável à solicitação das empresas para que o grupo AT&T, controladora da Warner Bros, licencie filmes da Universal por aqui. A operação precisou passar pelo órgão administrativo por conta das dúvidas suscitadas a respeito de um desequilíbrio de mercado oriundo de tal junção, uma vez que elas são empresas concorrentes. Ainda não há maiores informações a respeito de como poderia funcionar esse elo, especificamente dentro de qual modelo de negócio.

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Uma aposta forte é que essa movimentação teria a ver com a inclusão dos filmes das Universal no catálogo do HBO Max, serviço da AT&T que ainda não tem previsão para começar a operar no país. Mas, no documento publicado pelo CADE – que você pode acessar aqui – fica claro que o acordo permite o sublicenciamento da Warner aos cinemas dos filmes que tiverem o selo da Universal. Para justificar a ação, as empresas afirmaram que tal medida serve para amenizar os prejuízos decorrentes dos efeitos da pandemia do Covid-19, bem como as consequências deles a médio e longo prazos. Além disso, citaram que esse tipo de negócio é bastante costumeiro, na verdade, citando outras joint-operation (negócio conjunto) como Warner-Fox e mais recentemente, antes de uma adquirir a outra, a Fox-Disney. Vamos ficar de olho para ver, na prática, o que isso significa.

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“007 Sem Tempo para Morrer” pode ser um dos filmes “afetados” pelo acordo
As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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