Desde que foi exibido em festivais de cinema, como a Mostra Internacional de São Paulo, o filme de ação Cano Serrado (2018) jamais estreou comercialmente devido a um imbróglio jurídico. Entre o financiamento total de R$ 3,5 milhões, a produção tinha R$ 278 mil bloqueados pela justiça, conforme relata a Carta Capital.
Isso ocorre devido à produção por parte BSB Cinema, empresa de Christian de Castro, ex-diretor da Ancine. Havia suspeitas de que ele tivesse beneficiado o projeto de sua própria empresa, dando ordens para o trâmite burocrático do filme dentro da agência. Entretanto, no entendimento do desembargador Sergio Schwaitzer, do TRF-2, o caso não constitui prática ilegal, visto que o contrato foi assinado em 4 de abril de 2017, enquanto o ex-diretor foi indicado ao cargo em janeiro de 2018.
LEIA MAIS
Festival :: 42° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Ana Paula Sousa :: “Um governo democrático e sério não deve interferir na Ancine”
Ancine será convocada pela Câmara após faltar em debate sobre a crise
Dirigido por Erik de Castro, irmão de Christian, Cano Serrado coloca dois grupos em rota de colisão. O Sargento Sebastião (Rubens Caribé) busca a todo custo vingar a morte do irmão, e acaba confundido dois policiais (Paulo Miklos e Jonathan Haagensen) com os autores do crime. A história repleta de tiros e cenas de tortura ainda traz Milhem Cortaz, Sílvia Lourenço e Fernando Eiras no elenco.
Segundo o crítico Robledo Milani, “Caribé não convence como figura de autoridade, como atormentado pela dor e muito menos como pai de família – os diálogos com a filha, que surge como um grilo falante declamando palavras de ordem como se fosse sua consciência, são dignas de riso. Em resumo, o embaraço é contagiante”. Leia o texto completo.
Últimos artigos deBruno Carmelo (Ver Tudo)
- O Dia da Posse - 31 de outubro de 2024
- Trabalhadoras - 15 de agosto de 2024
- Filho de Boi - 1 de agosto de 2024
Deixe um comentário