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Já faz mais de um ano desde que Cavalo (2020) provocou forte impacto em sua primeira exibição, na Mostra de Cinema de Tiradentes. A mistura entre documentário, performance, dança e rituais de matriz africana chamou atenção pela potência das imagens e dos gestos dos atores-bailarinos. Agora, no processo de reabertura do circuito comercial, o filme dirigido por Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti estreia em 12 de agosto, tanto nas salas de cinema quanto em plataformas virtuais.
A produção, que constitui o primeiro longa-metragem de Alagoas realizado com financiamento público, chega às salas de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Arapiraca, Brasília e Belo Horizonte. Além disso, estreia em sete plataformas digitais. Depois da estreia no circuito presencial, integrará a grade do Canal Brasil. Leia a nossa crítica.
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Crítica: Cavalo

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Os diretores Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti

Em entrevista ao Papo de Cinema, os autores explicam: “Queria ver a cultura brasileira representada nos corpos e nos movimentos. Os rituais tinham uma grande força cinematográfica, e pessoalmente, seria importante investigar minha própria ancestralidade. Então surge a dança. […] Abrimos um teste de elenco, e chamamos principalmente dançarinos de diferentes gêneros, desde o afoxé até a dança contemporânea e o break. Tivemos entrevistas muito potentes, e a partir dos testes filmados, optamos pelo formato final de sete personagens”.
Para as religiões da diáspora africana, incluindo a Umbanda e o Candomblé, o Cavalo representa o indivíduo com habilidade de receber entidades. O termo vai além da conotação espiritual, fazendo referência a um aspecto cultural da ancestralidade negra, valorizando o corpo enquanto veículo de expressão.
O elenco de Cavalo é composto por Alexandrea Constantino, Evez Roc, Joelma Ferreira, Leide Serafim Olodum, Leonardo Doullennerr, Roberto Maxwell e Sara de Oliveira. Além da Mostra de Tiradentes, a produção foi exibida em diversos festivais de cinema brasileiros, a exemplo do Olhar de Cinema, Ecrã, Mostra de Cinema de Gostoso e Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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