
O crítico de cinema pernambucano Celso Marconi morreu na noite desta terça-feira, 02, aos 93 anos. Ele estava internado no Hospital Esperança de Olinda, no Pernambuco, e morreu por falência múltipla dos órgãos, de acordo com seus familiares. Filósofo de formação, Celso teve passagem pela crítica de artes plásticas e literatura, além do trabalho incansável em diversos jornais. Recentemente, contribuía com suas análises sempre muito argutas e geralmente na contramão das tendências para os sites Vermelho.org e Cinema Escrito, este dirigido pelo colega crítico e professor Luiz Joaquim, que lhe dedicou um livro, Celso Marconi, O Senhor do Tempo (Editora Cepe, 2020). Considerado uma das figuras mais importantes do cenário cultural pernambucano, Celso começou a escrever críticas de cinema no jornal Folha do Povo, na década de 1950. Nos anos seguintes, foi membro da diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco e compôs a equipe da edição nordeste do periódico Última Hora.
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Preso por quatro meses pela Ditadura Civil-militar brasileira em 1964, Celso Marconi foi posteriormente perseguido, vítima de um boicote do regime que dificultou a sua contratação por qualquer veículo de imprensa, isso até ser convidado para escrever uma retrospectiva do cinema brasileiro para o Jornal do Commercio, veículo no qual assumiu a titularidade da crítica de cinema de 1966 a 1986 – com um breve retorno em 1989. Celso Também foi professor de comunicação na Universidade Católica de Pernambuco na década de 1980.
Em 2021, o Papo de Cinema teve o prazer e a honra de trocar algumas ideias com o intelectual pernambucano que infelizmente nos deixou. Confira este bate-papo na íntegra logo abaixo.