Depois de diversas controvérsias, a Academia das Artes e Técnicas do Cinema da França decidiu simplesmente não convidar para a cerimônia do César 2023 (equivalente ao Oscar dos Estados Unidos) as personalidades acusadas de algum tipo de violência sexual. A medida vem principalmente depois das polêmicas causadas pela vitória do cineasta Roman Polanski na festa de 2020- o cineasta é réu confesso de um caso de estupro de vulnerável nos anos 1970 nos Estados Unidos – e por conta das inúmeras denúncias de violência sexual que recaem sobre o ator francês Sofiane Bennacer, indicado do César de Ator Revelação. De acordo com a decisão, nenhum ator, cineasta, produtor ou outro profissional da indústria pode ser autorizado a participar de quaisquer eventos produzidos pela César Academy.
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No entanto, as restrições impostas pela entidade não são lá tão drásticas assim. Embora não possam aceitar o César pessoalmente ou mesmo enviar algum representante para falar em seus nomes numa eventual vitória, os banidos podem ser livremente indicados e até ganhar a distinção. A decisão de banir a presença dos acusados de violência sexual é uma reposta da Academia das Artes e Técnicas do Cinema da França depois que a entidade foi apontada como insensível aos casos reportados.
“Por respeito às vítimas (mesmo as supostas, em caso de acusação ou sentença não definitiva), foi decidido não destacar pessoas indiciadas ou condenadas por atos de violência, principalmente violência sexual ou sexista”, segundo comunicado enviado pela entidade à imprensa.
O César 2023 acontecerá em 24 de fevereiro. O cineasta norte-americano David Fincher receberá um Prêmio César honorário durante a cerimônia.
