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Christopher Nolan busca um novo estúdio para concretizar seu novo projeto. Ainda sem título oficial, o filme deve acompanhar a história real do cientista J. Robert Oppenheimer, considerado um dos criadores da bomba atômica, que aprimorou as descobertas durante a Segunda Guerra Mundial. De acordo com o site Hollywood Reporter, ele está em fase de conversas com altos executivos da Sony Pictures e da Universal Pictures.
Para suas últimas produções, o artista se mostrou fiel à Warner Bros., responsável pela maioria de seus longas-metragens. No entanto, o relacionamento se deteriorou com a estreia de Tenet (2020). Nolan queria forçar um lançamento em salas de cinema para julho de 2020, transformando a obra no símbolo do retorno ao circuito comercial pós-pandemia. Ora, a situação sanitária nos Estados Unidos não permitiu esta estratégia. Os produtores adiaram três vezes a data de lançamento, e no final, Tenet conquistou míseros US$ 58 milhões nos Estados Unidos. Mais tarde, o cineasta criticou abertamente a decisão da Warner de lançar filmes simultaneamente nos cinemas e na plataforma HBO Max.
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Nas duas últimas décadas, o prestígio em torno dos filmes dirigidos por Nolan (Dunkirk, 2017, Interestelar, 2014, A Origem, 2010) permitiram ao cineasta conquistar um patamar raríssimo dentro da indústria: ele conseguiu impor a obrigatoriedade de filmar em película, quando quase todos se renderam ao digital; exigiu o lançamento exclusivo em salas de cinema, ao invés de plataforma de streaming; e obteve liberdade criativa para desenvolver seus roteiros originais.
Embora suas produções caríssimas possuam margem de lucro inferior àquela de outros blockbusters (com exceção da trilogia O Cavaleiro das Trevas), o resultado em termos de status e premiações sempre valeu a pena para os estúdios – Nolan foi indicado a 5 Oscars. Agora, ele parece ter expandido suas opções – segundo o Hollywood Reporter, o diretor estaria considerando para seu novo projeto até serviços de streaming como a Netflix, após passar anos recusando produzir para o formato caseiro.

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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