Até o dia 15 de abril, o Cine Esquema Novo exibe dezenas de filmes brasileiros, entre longas, médias e curtas-metragens, em sua página oficial, de modo gratuito. Além de atividades como debates e seminários temáticos, o espectador tem a oportunidade de assistir a diversos filmes inéditos, além das obras mais aclamadas do último ano.
O Papo de Cinema segue cobrindo o festival diariamente, atualizando nossos textos na matéria especial do 14º Cine Esquema Novo. Nós aproveitamos para listar abaixo cinco dicas de filmes excelentes (dois curtas e três longas), de cineastas jovens ou consagrados, que representam a linguagem mais ousada e interessante da produção brasileira atual:
A Chuva Acalanta a Dor (29 min.), de Leonardo Mouramateus
Sinopse: Quando volta de Roma, um jovem tenta convencer o amigo de não se mudar para a Itália. Enquanto isso, se apaixona.
Nossa crítica: “O cineasta promove habilmente um diálogo muito interessante entre teatro e cinema, não permitindo que haja uma hierarquização nessa dinâmica, mas fomentando a intermediação. De modo semelhante, o racional e o emocional (espiritual?) conversam”. Leia na íntegra o texto de Marcelo Müller.
Per Capita (15 min.), de Lia Letícia
Sinopse: Enquanto uma mulher desperta de um sonho, um grupo de jovens ataca um carro estacionado.
Nossa crítica: “A realizadora lança mão de uma construção sonora excepcional para exacerbar a natureza dos gestos. Pegando um pouco emprestado de David Lynch, um tanto de David Cronenberg, ela consegue um efeito potente de indeterminação”. Leia na íntegra o texto de Marcelo Müller.
#eagoraoque (70 min.), de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald
Sinopse: Vladimir Safatle é um pensador de esquerda cujas ideias repercutem fortemente nos meios acadêmicos. No entanto, quando vai à periferia, descobre que a voz de um intelectual branco é recebida com mais dificuldade.
Nossa crítica: “O filme parte do pressuposto que a esquerda precisa se questionar quanto à fronteira separando teoria e prática. Trata-se apenas de uma questão de linguagem – retirando os jargões universitários, a voz chegaria aos mais pobres?”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Vento Seco (110 min.), de Daniel Nolasco
Sinopse: Na região mais seca de Goiás, Sandro leva uma vida entediante, trabalhando numa usina de fertilizantes. À noite, no entanto, ele deixa a imaginação fluir em encontros com outros homens.
Nossa crítica: “O filme constrói sua jornada subjetiva através de uma estética deslumbrante. […] Os deleites do universo gay tipicamente urbano e cosmopolita são transportados com sucesso para o ambiente rural e conservador”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo e confira a nossa entrevista com o diretor.
Mulher Oceano (99 min.), de Djin Sganzerla
Sinopse: Uma escritora brasileira se refugia em Tóquio, onde pretende escrever o novo romance. No entanto, sofre com um bloqueio criativo. Enquanto isso, uma nadadora no Rio de Janeiro se prepara para enfrentar uma travessia em alto mar.
Nossa crítica: “Sganzerla, diretora e atriz principal, possui o misto de generosidade e humildade ao transformar sua heroína num corpo presente, disposto a atravessar oceanos e cidades com louvável abertura a experiências distintas”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo e confira a nossa entrevista com a diretora.
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