Considerado um dos pioneiros da Nouvelle Vague Suíça, Alain Tanner morreu neste domingo, 11, aos 92 anos. A causa da morte não foi divulgada. “Reconhecido internacionalmente, Alain Tanner foi uma das principais figuras do cinema suíço e é um dos fundadores do novo cinema suíço na década de 1970 na companhia de seus colegas Michel Soutter, Claude Goretta, Jean-Louis Roy e Jean-Jacques Lagrange”, disse em comunicado a associação que leva seu nome. Depois de chamar a atenção do cinema europeu com seus curtas-metragens, ele estreou nos longas de ficção com O Último a Rir (1969), considerada a pedra fundamental do cinema engajado politicamente da Suíça. Provavelmente o seu filme mais conhecido por aqui é Jonas que Terá 25 Anos no Ano 2000 (1976), uma utopia protagonizada por um grupo de contestadores que pregam a necessidade de novos contratos sociais.
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Inquieto e atento aos símbolos da contemporaneidade, Alain Tanner frequentemente falava de seu desgosto pelo fato de o cinema ter se transformado numa imensa máquina capitalista. Tanto que ao anunciar sua aposentadoria, em 2004, ele disse: “Fazer cinema hoje é um inferno. Tudo funciona em torno da publicidade e há muita falta de dinheiro”. Entre várias outras homenagens e distinções, ele venceu o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno em 1969 (O Último a Rir) e foi membro dos júris dos festivais de Cannes (1972) e de Veneza (1983).
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