Na manhã desta sexta-feira, 31, morreu o cineasta Alan Parker, aos 76 anos de idade, em Londres. A informação foi divulgada pelo Instituto Britânico de Cinema. Logo depois, por meio das redes sociais, a família do inglês confirmou o falecimento, limitando-se a dizer que ele partiu depois de anos sofrendo por conta de uma doença não especificada. Parker iniciou sua carreira profissional como redator publicitário. Se deslocou logo à direção de comerciais televisivos e migrou rapidamente ao cinema, ainda nos anos 1970. De estilo adaptável ao tom da história que desejava contar, ele conseguiu criar grandes sucessos, tais como Quando as Metralhadoras Cospem (1976), O Expresso da Meia-Noite (1978), Coração Satânico (1987) e Mississippi em Chamas (1988). Contudo, foi comandando musicais que ele aparentemente conseguiu expressar-se de modo mais potente.
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Em 1980, chamou a atenção do mundo com Fama (1980), musical moderno que depois se desdobrou em outros produtos, apontando a uma tendência bastante aproveitada pelo cinema norte-americano da década. Também é importante citar sua colaboração com a banda Pink Floyd. Parker dirigiu The Wall (1982), filme feito para acompanhar o clássico álbum homônimo de seus conterrâneos, e se destacou comandando o icônico clipe de Another Brick in the Wall. Já nos anos 1990, sua parceria mais famosa se deu com Madonna, um dos maiores nomes do pop de todos os tempos. Depois de dirigir o videoclipe You Must Love Me, ele transformou a estrela em Evita Perón no controverso Evita (1996), também assinando o clipe de Don’t Cry For Me Argentina e Another Suitcase in Another Hall. Seu último longa-metragem foi A Vida de David Gale (2003). Em 2015, Parker anunciou sua aposentadoria pois, segundo ele, estava cansado de brigar com os estúdios para ter autonomia e fazer filmes como gostaria.
Alan Parker foi indicado duas vezes ao Oscar de Melhor Direção, três ao Globo de Ouro na mesma categoria e venceu quatro das oito indicações que teve ao BAFTA.