Cineasta Ang Lee escolhe o próprio filho para interpretar Bruce Lee em cinebiografia

Se estivéssemos no campo político, esta notícia seria sobre o exercício do nepotismo? Brincadeiras à parte, foi anunciado nesta quarta-feira, 30: o cineasta taiwanês Ang Lee escolheu o intérprete de Bruce Lee na cinebiografia que ele vai dirigir para a Sony Pictures. E o felizardo é nada menos do que Mason Lee, filho do cineasta. Há muito tempo Ang Lee acalenta esse desejo de mergulhar a fundo na história de um dos maiores mestres das artes marciais, expondo sua chegada à Hollywood, no qual ele se tornou professor de astros como Steve McQueen, além de construir uma jornada própria como protagonista de filmes repletos de lutas coreografadas e gritinhos de finalização.

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“Visto nem totalmente como norte-americano, nem como totalmente chinês, Bruce Lee foi uma ponte entre o Oriente e o Ocidente que apresentou o Kung Fu chinês ao mundo, um cientista do combate e um artista icônico que revolucionou as artes marciais e o cinema de ação. Sinto-me compelido a contar a história desse ser humano brilhante e único, ansioso por pertencimento e que, por meio de trabalho árduo e incansável, transformou sonhos impossíveis em realidade”, disse Ang Lee ao Deadline.

Mason Lee é uma escolha inusitada (especialmente por ser filho do diretor), mas não estamos falando de um ator sem bagagem. Ele fez parte (discretamente, mas fez) de Se Beber Não Case! Parte II (2011) e Lucy (2014), além de outras várias produções com menos projeção internacional. Viver uma lenda como Bruce Lee numa cinebiografia comandada por um cineasta do calibre de Ang Lee certamente é a grande chance de sua carreira. Ainda não há uma previsão para o começo dos trabalhos, mas fiquem ligados no Papo de Cinema para saber tudo sobre a novidade.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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