O cineasta Fábio Barreto morreu na noite desta quarta-feira, 20, no Rio de Janeiro. A causa não foi divulgada, mas ele estava em coma há cerca de 10 anos, estado decorrente de um gravíssimo acidente automobilístico. Filho de Luiz Carlos e Lucy Barreto, e irmão do também diretor Bruno Barreto, Fábio foi uma figura importante à chamada Retomada do cinema brasileiro – que sucedeu o desmonte promovido pelo governo Collor –, pois foi dele o primeiro êxito internacional do período. O Quatrilho (1995), baseado num livro de José Clemente Pozenato, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme acabou perdendo a cobiçada estatueta para o drama holandês A Excêntrica Família de Antônia (1995).
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Antes mesmo de estrear na direção, Fábio estrelou o curta Três Amigos Que Não se Separam (1966), quando tinha nove anos, contracenando com a irmã Paula e Baleia, a cadela coadjuvante do filme Vidas Secas (1963). Foi assistente de direção de Cacá Diegues em Bye Bye Brasil (1979). Iniciou a carreira de cineasta aos 20 anos, dirigindo o curta A Estória de José e Maria (1977) e cinco anos depois debutou com seu primeiro longa, Índia, a Filha do Sol (1982), exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Ao todo dirigiu nove longas-metragens.
Seu último filme foi Lula: O Filho do Brasil (2009), escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de 2010, mas infelizmente não selecionado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Todavia, Fábio não chegou a testemunhar a estreia da produção, pois em dezembro daquele ano sofreu um gravíssimo acidente de carro na zona sul do Rio de Janeiro e desde então permanecia inconsciente.
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