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O cineasta japonês Masahiro Kobayashi morreu em Tóquio, no Japão, no dia 20 de agosto, após uma batalha de quase cinco anos contra um câncer. A informação sobre a fatalidade aconteceu apenas nesta quarta-feira, 07. O realizador nipônico teve uma carreira celebrada de mais de três décadas, na qual colecionou participações em festivais de cinema, prêmios e elogios da crítica. Curiosamente, ele não entra no mundo das artes por meio do cinema, já que foi cantor folk antes de passar a escrever roteiros para a televisão. Kobayashi debutou como diretor de longas-metragens em 1996 com o filme Closing Time, vencedor do grande prêmio no Festival Internacional de Cinema Fantástico de Yubari, no Japão. Ainda nos anos 1990, comandou três produções exibidas no Festival de Cinema de Cannes: Kaizokuban Bootleg Film em 1999 e Man Walking on Snow em 2001, ambos na mostra Um Certo Olhar; e Koroshi, exibido  na Quinzena dos Realizadores em 2000.

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Em 2005, seu drama Bashing concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Já Ai no Yokan (2007), também chamado internacionalmente de The Rebirth, venceu o Leopardo de Ouro no Festival de Cinema de Locarno daquele ano, se tornando o primeiro filme japonês a levar o troféu para casa desde 1970. Seu último trabalho foi Lear On The Shore (2017), filme no qual o ator Tatsuya Nakadai, uma verdadeira lenda do cinema japonês, interpreta um ator que escapa de sua casa de repouso e luta contra a senilidade em busca de um último sucesso.  

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Cena de “Lear On The Shore”
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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