20190124 jonas mekas papo de cinema

O lituano Jonas Mekas morreu nesta quarta-feira, 23, aos 96 anos. Ele é considerado um verdadeiro pai da vanguarda audiovisual norte-americana. Na verdade, chama-lo estritamente de cineasta é reduzir sua ampla contribuição para o cenário artístico do século 20, uma vez que também foi poeta, crítico e divulgador incansável. Nascido em 1922, Mekas fugiu de seu país natal em 1944 após passar um tempo confinado pelos nazistas num campo de trabalhos forçados. Em 1949 se fixou nos Estados Unidos, onde trabalharia com filmes experimentais por mais de 60 anos. Ele possui uma importância incomensurável para o tipo de cinema avesso aos ditames do mercado, aberto a riscos e inovações. Também trabalhou com semelhante afinco na divulgação de realizações alheias.

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Entre as obras mais importantes de Jonas Mekas estão Walden (1969), Lost, Lost, Lost (1975) e As I was moving ahead occasionally I saw brief glimpses of beauty (2000). Embora nunca tenha atingido popularidade, exatamente pelo âmbito underground de sua atuação, seus amigos e colaboradores incluíam alguns dos artistas mais importantes  de sua época, assim como celebridades. Trabalhou com Andy Warhol e teve estreita relação com nomes da literatura beat, tais como o poeta Allen Ginsberg. Também conviveu com celebridades e músicos, vide a proximidade com Jaqueline Kennedy, John Lennon e Yoko Ono e Lou Reed.

Jonas Mekas teve uma importante carreira como crítico de cinema. Entre os anos 50 e 60, nas páginas da Film Culture ou do Village Voice, deu visibilidade a um cinema geralmente ignorado, não narrativo e completamente à margem de qualquer sistema. Fundou a Filmmakers’ Cooperative, centro da produção experimental nova-iorquina. Mais tarde, foi um dos fundadores dos Anthology Film Archives, instituição que pode ser descrita como uma cinemateca votada à conservação e divulgação do patrimônio do cinema experimental e de vanguarda.

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