Nesta segunda-feira, 08, foi anunciado que o cineasta dinamarquês Lars von Trier foi diagnosticado recentemente com Parkinson – doença neurológica degenerativa que afeta movimentos e que pode dificultar também a fala, além de comprometer a memória. A informação foi enviada à imprensa pela Zentropa, produtora do realizador. A nota diz que ele está enfrentando os sintomas com “bom humor” e que participará do lançamento da terceira temporada de sua série, The Kingdom (1994-), que acontecerá durante o Festival de Veneza deste ano. Aliás, essa nova temporada (chamada de Exodus) conta a história de uma sonâmbula em busca de respostas na tentativa de salvar um hospital da destruição. Não houve nenhuma sinalização da produtora com relação à continuidade ou não do cineasta à frente de projetos futuros. Desde já ficam os nossos votos para que ele siga nos brindando com a sua genialidade iconoclasta, uma pegada que frequentemente provoca controvérsias no mundo do cinema.
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Lars von Trier é um polemista de carteirinha. Além de seus filmes abertamente controversos – Como Dançando no Escuro (2000), Anticristo (2009) e Melancolia (2011), ele coleciona picuinhas de bastidor, nem sempre angariando simpatia, especialmente, das atrizes com que teve como colaborações artísticas. Por exemplo, Björk e Nicole Kidman não querem nem vê-lo pintado de ouro, ambas por conta de reclamações da conduta do dinamarquês no set. Vale lembrar também que Von Trier já foi considerado persona non grata no Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo, depois de dizer que simpatizava com alguns aspectos da personalidade de Adolf Hitler.