O cineasta brasileiro Maurice Capovilla morreu neste sábado, 29, aos 85 anos, na sua casa situada na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a família, ele sofria do Mal de Alzheimer há cinco anos. O corpo de Capô, como era chamado por amigos, parentes e colaboradores, foi cremado neste domingo, 30. “Capô até alguns meses atrás ainda conseguia escolher filmes e ensinar o valor do cinema para minhas netas. Ele era incrível mesmo doente. Elas ficavam lá quietinhas, vendo com ele e discutindo. Um verdadeiro mestre”, disse sua cunhada Heloísa Alvim. No dia 20 de fevereiro de 2020, o realizador publicou na sua conta do Facebook um texto em tom de despedida. Nascido em Valinhos, no interior do estado de São Paulo, Capovilla estreou nos cinemas nos anos 1960 com o curta-metragem União (1962). Depois veio o elogiadíssimo Subterrâneos do Futebol (1964).
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Seu primeiro longa-metragem foi o elogiado Bebel, Garota Propaganda (1968), baseado no conto Bebel que a Cidade Comeu, de Ignácio de Loyola Brandão. Maurice Capovilla também teve uma passagem de destaque pela televisão nos anos 1970/80, dirigindo programas como Globo Shell e Globo Repórter, na Rede Globo, e adiante sendo diretor de núcleo na Rede Bandeirantes. Capô fez pequenas participações como ator em filmes seminais da cinematografia brasileira, tais como O Bandido da Luz Vermelha (1968), O Ritual dos Sádicos (1970), aliás, neste mesmo ano lançando outro dos filmes pelos quais é frequentemente lembrado como criador: O Profeta da Fome (1970). Seu último filme como realizador foi Hamada (2003), adaptado do romance do escritor João Gilberto Noll.
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