Faleceu na madrugada deste domingo, 28, na cidade do Rio de Janeiro, o cineasta Carlos Alberto Prates Correia. O realizador, que tinha 82 anos, sofreu uma parada cardíaca. Natural de Minas Gerais, o artista atuou entre os anos 1960 e 2000. Em seus derradeiros anos, segundo sua prima, Maria Cecília Ataide Pimenta, em entrevista à Folha, Correia vivia uma “vida reclusa” na capital carioca. Com 11 filmes no currículo, foi agraciado com troféus em festivais de cinema.
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Carlos Alberto cresceu em Montes Claros e se mudou jovem para Belo Horizonte, onde começou a trabalhar como crítico de cinema no jornal Diário de Minas. Iniciou sua carreira cinematográfica em 1965, como responsável pela continuidade de O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade. Em seguida, ele e outros amigos fundaram o CEMICE, Centro Mineiro de Cinema Experimental. O primeiro projeto produzido pela iniciativa foi o curta O Milagre de Lourdes, do próprio Carlos, ainda em 1965, marcando a estreia de Prates Correia no comando. Depois de dirigir um dos segmentos do drama policial Os Marginais, de 1968, debutou como diretor de longas com a comédia Crioulo Doido (1971). Seu período de maior projeção ocorreu nos anos 1980, quando lançou Cabaret Mineiro (1980) e Noites do Sertão (1984), ambos premiados no Brasil e no exterior. Somente no Festival de Gramado levaram os kikitos de Melhor Filme e Direção para o primeiro, e Troféu Especial do Júri para o segundo. Já em Brasília ganharam os candangos de Melhor Fotografia (o primeiro) e Melhor Atriz, Ator Coadjuvante e Fotografia (o segundo).
Após anos de hiato, voltou a se destacar com Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais (2007), produção que novamente lhe consagrou na serra gaúcha (Melhor Filme e Montagem) e também no Festival de Paulínia (Prêmio Especial – Documentários) e no Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (Melhor Montagem). Entretanto, a empreitada dos anos 2000 foi sua última contribuição à sétima arte nacional. Prates Correia deixa a mulher Margarida e o filho João.
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