20181126 nicolas roeg papo de cinema

O cineasta britânico Nicolas Roeg morreu nesta sexta-feira, 23, aos 90 anos. A família anunciou o fato, mas não a causa. Nascido em Londres em 15 de agosto de 1928, começou sua carreira no fim do anos 40 e percorreu diversos postos antes de debutar como realizador, apenas nos anos 70, com Performance (1970), ou seja, tinha quase 25 anos de cinema quando dirigiu o seu primeiro longa-metragem. Embora a bilheteria não tenha sido satisfatória, o filme, estrelado por Mick Jagger, fez barulho suficiente por conta de sua narrativa não convencional. Chamou atenção.

Antes mesmo de tornar-se diretor, Roeg chefiou a segunda unidade de filmes emblemáticos como Lawrence da Arábia (1963) e Doutor Jivago (1965), ambos do grande David Lean. Assinou a fotografia de Fahrenheit 451 (1966), de François Truffaut, outro gigante. Vários cineastas de atividade, como Paul Thomas Anderson, Steven Soderbergh, Christopher Nolan e Danny Boyle, já declararam em algum momento serem influenciados por Roeg.

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Em 1973, ele dirigiu o que muitos consideram a sua obra-prima, Inverno de Sangue em Veneza, suspense com elementos sobrenaturais estrelado por Donald Sutherland e Julie Christie. Logo depois, em 1976, lançou O Homem Que Caiu na Terra, protagonizado por outra estrela maiúscula da música: David Bowie. O estilo de Roeg se consolidou pela abordagem de temáticas complexas em narrativas não lineares, com horror, morte e sexo aparecendo frequentemente.

“Já falaram que meus filmes são difíceis de vender. Não são horror nem thriller. Há uma história de amor ali, mas não dá para chamá-la de romance. As pessoas amam coisas que vêm em caixas, classificadas como um gênero. Mas é apenas a vida. Vida e nascimento e sexo e amor: eles não caminham necessariamente juntos.”, disse o cineasta numa entrevista ao jornal The Guardian, em 2007.

O último filme de Roeg a fazer relativo sucesso foi Convenção das Bruxas (1990), sobre um hotel cheio de feiticeiras malignas.

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