Neste sábado, 05, o cineasta Paulo Thiago morreu, aos 75 anos, no hospital em que estava internado desde o dia 07 de maio por conta do agravamento de uma doença hematológica. Oficialmente, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Na juventude, depois de estudar sociologia e economia, Paulo mudou seus planos de carreiraao se apaixonar pelo cinema nos anos 1960, período difícil politicamente falando (década marcada pelo golpe militar), mas artisticamente efervescente. Segundo ele, o amor foi engatilhado pelas sessões na Cinemateca do MAM, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Além de cineasta, Paulo foi presidente do sindicato da indústria cinematográfica e audiovisual do Rio de Janeiro, um dos fundadores da Associação Brasileira dos Cineastas, compôs músicas e escreveu livros.
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Sua estreia como cineasta se deu em 1970 com Os Senhores da Terra, vencedor de um prêmio concedido pela FIPRESCI, a Federação Internacional de Críticos de Cinema. Também assinou clássicos como Sagarana: O Duelo (1974), nosso representante no Festival de Berlim daquele ano, Jorge: Um Brasileiro (1989), Vagas Para Moças de Fino Trato (1993), Policarpo Quaresma: Herói do Brasil (1997) e Orquestra dos Meninos (2008). Além disso, desempenhou de modo prolífico a atividade de produtor, especialmente nos anos 1980. Amigo pessoal de grandes nomes da música, como Roberto Menescal, com quem chegou a ter aulas de violão, compôs com Zé Keti e Sidney Miller a música Queixa, terceiro lugar no Festival da Canção da TV Record em 1965. Um de seus últimos filmes como diretor foi Doidas e Santas (2017), pelo qual o entrevistamos. Esse bate-papo você pode conferir aqui.