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Vittorio Taviani, que ao lado do irmão mais novo, Paolo, marcou a cinematografia italiana, morreu em Roma, neste domingo, 15, aos 88 anos, depois de um longo período de enfermidade. Tanto sua saúde estava bastante debilitada que em Una Questione Privata (2017), pela primeira vez, não aparece como realizador, mas enquanto argumentista do longa então assinado apenas por Paolo. Juntos, os chamados Irmãos Taviani fizeram mais de 20 filmes, dentre os quais alguns determinantes para coloca-los no rol dos maiores cineastas, sobretudo, do século 20. Pai Patrão levou a cobiçada Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1977 e A Noite de São Lourenço lhes garantiu o Grande Prêmio do Júri no mesmo evento, mas em 1982. Dos mais recentes, destaca-se César Deve Morrer (2012) considerada uma obra-prima, vencedora do Urso de Ouro no Festival de Berlim, prêmio que a Itália não ganhava desde 1991.

Nascido em 20 de setembro em San Miniato, na região da Toscana, filho de um advogado antifascista, Vittorio foi artisticamente influenciado por Roberto Rosselini, o pai do Neorrealismo Italiano. Exatamente tratando de questões sociais, misturando singularmente história, psicanálise e poesia, num estilo muitas vezes celebrado como literário, que os Taviani começaram nos anos 60. Há quem sustente, ainda, que eles renovaram o olhar cinematográfico de esquerda, tanto na forma quanto no conteúdo. A morte desfaz, assim, uma das duplas mais célebres da história do cinema, cujo último filme assinado em conjunto foi Maravilhoso Boccaccio (2015).

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Vittorio e Paolo Taviani

(Fonte: Redação PdC)

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