Para muitos, a quarentena tem sido também um momento de colocar em dia séries e filmes “atrasados”. Para outros tantos, a oportunidade de tomar contato com aquela cinematografia desejada, algo que a falta de tempo acabava inviabilizando antes. Mas, e os cineastas, o que eles andam assistindo? Quem puxou a fila de indicações no Twitter foi Guillermo del Toro. Rapidamente, nomes como Darren Aronofsky, Ari Aster, Ava DuVernay, Sarah Polley, Edgar Wright, Rian Johnson, Brad Bird, Scott Derickson, James Mangold, entre muitos outros conhecidos, aderiram à iniciativa do mexicano e começaram a dividir conosco essas dicas para lá de preciosas. A lista que Del Toro compartilhou recentemente é recheada de pérolas: A Mulher Que Vendeu a Alma (1938), de Gustaf Molander; O Emprego (1961), de Ermano Olmi; Garotas (2014) e Tomboy (2011), ambos de Céline Sciamma. Só filmaço.
LEIA MAIS
#Quarentena :: Série de Cristiano Burlan sobre Paulo Freire é disponibilizada online
#Quarentena :: Casa de Cinema de Porto Alegre libera filmes e programas de TV online
#Quarentena :: Longas brasileiros são disponibilizados online gratuitamente
Del Toro ainda disse que está aproveitando o momento para apresentar aos filhos o que ele chama de “exemplares à prova de bala”, como Cantando na Chuva (1952) e Janela Indiscreta (1954). Na linha do oscarizado, Scott Derickson, mais conhecido por ter dirigido Doutor Estranho (2016), indicou veementemente a série Devs (2020-), de Alex Garland (Ex-Machina: Instinto Artificial, 2015), exibida nos Estados Unidos pelo Hulu, ainda sem previsão de lançamento no Brasil. Segundo ele, “é um programa não menos que incrível”. Já Ava DuVernay comentou que seu “gosto” está estranho na quarentena, indo de Um Lugar Chamado Notting Hill (1999), de Roger Michel, a O Cavalo De Turim (2011), de Béla Tarr e Ágnes Hranitzky. Ecletismo que fala?
Ari Aster revelou que está revendo a terceira temporada de Família Soprano (1999-2007), enquanto Rian Johnson recomendou Três Mulheres (1977), de Robert Altman. Já Darren Aronofsky afirmou que reviu em tempos de quarentena: Barton Fink: Delírios de Hollywood (1991), de Joel Coen; Rashomon (1950), de Akira Kurosawa; e O Vingador do Futuro (1990), de Paul Verhoeven. É uma lista melhor que a outra, não é mesmo? Sabe do que sentimos falta? Cinema latino-americano. Vamos dar dicas para eles, no Twitter, de filmes do nosso continente? O desafio está lançado.