Foi anunciada nesta quarta-feira, 11 de agosto de 2021, a morte do ator Paulo José aos 84 anos de idade. Ele estava internado há 20 dias e não resistiu às complicações de uma pneumonia. Ele convivia há duas décadas com o Mal de Parkinson, no entanto, continuou atuando no cinema, no teatro e na televisão. Originário de Lavras do Sul, o ator faleceu no Rio de Janeiro.
Paulo José iniciou sua carreira no teatro na década de 1950, unindo-se a grandes nomes da dramaturgia nacional, como Paulo César Pereio e Lilian Lemmertz, no Teatro de Equipe, onde encenou clássicos de Brecht, Molière e Sartre. Mais tarde, juntou-se ao icônico Teatro de Arena. Nos anos 1960, iniciou seu percurso na televisão, atuando em novelas e séries durante mais de 40 anos, incluindo os papéis marcantes em Véu de Noiva (1969), de Janete Clair, Tieta (1989), de Aguinaldo Silva, e Agora É que São Elas (2003), de Ricardo Linhares.
LEIA MAIS
5+1 :: Paulo José
Paulo José recebe homenagem no Festival de Vitória
Paulo José e Elza Soares são os homenageados do Festival Internacional de Cinema da Fronteira
No cinema, se tornou um dos intérpretes mais versáteis e destemidos de sua época. Ele estrelou obras fundamentais do cinema brasileiro, a exemplo de O Padre e a Moça (1966), de Joaquim Pedro de Andrade; Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos Oliveira; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman; Dias Melhores Virão (1989), de Cacá Diegues; Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado; Policarpo Quaresma: Herói do Brasil (1998), de Paulo Thiago; e O Homem que Copiava (2003), de Jorge Furtado.
Além disso, foi tema do documentário Todos os Paulos do Mundo (2018), de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira. Ao longo da aclamada carreira, venceu três vezes o Candango de melhor ator no Festival de Brasília (por Todas as Mulheres do Mundo, Edu Coração de Ouro e O Rei da Noite), além do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por O Palhaço (2011).
