Com a pandemia de Covid-19 e o fechamento das salas de cinema, já se sabia que o cinema brasileiro havia sofrido um duro golpe em 2020, agravado pela gestão do governo federal. No entanto, agora o baque se traduz em números. De acordo com o site Farofafá, da Carta Capital, calcula-se que o cinema brasileiro tenha perdido cerca de 133 milhões de espectadores em salas no último ano, e aproximadamente R$ 2,1 bilhões em arrecadação.
A estimativa parte da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que aponta uma queda de 77% na arrecadação geral em relação a 2019, o que significa o número total de 39 milhões de espectadores em 2020, e RS$ 630 milhões de faturamento total. No que diz respeito apenas ao cinema brasileiro, foram 9,1 milhões de espectadores (-61,8% em relação a 2019) e R$ 144 milhões de arrecadação (-55,8%).
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Um único filme foi responsável por 95% do total de espectadores no último ano. Trata-se de Minha Mãe É uma Peça 3, que estreou no fim de 2019, superando a marca de 11 milhões de espectadores – 8 milhões apenas em 2020. Com a lenta retomada das salas de cinema, o atraso no cronograma da vacinação e a interrupção do fomento à indústria audiovisual, o ano de 2021 pode registrar números ainda mais fracos.
Pressionada pelos setores culturais, a Ancine desenvolveu uma linha de crédito de R$ 400 milhões destinada às salas de cinema. No entanto, apenas 4% do valor foi efetivamente pago pelo governo, segundo o Portal da Transparência. Para compreender os desafios do cinema brasileiro em 2021, leia as nossas matérias sobre a situação das salas de cinema e os desafios do cinema brasileiro no streaming em 2021.
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