Com a pandemia de coronavírus se alastrando mundo afora, milhares de salas de cinema estão fechadas. Só na China são 70 mil, fora os circuitos cinematográficos de Itália, França, Dinamarca e vários outros países, encerrados para evitar a proliferação da doença. Ainda assim, há aqueles que remam contra a maré e seguem em funcionamento, apesar das limitações impostas pelas medidas de contenção e a queda brusca de público.
Nos Estados Unidos, a maioria das salas segue à disposição do público, mas com adaptações aos tempos atuais. Todos os grandes exibidores do país limitaram suas salas em no máximo 50% da capacidade total, de forma a atender às restrições de público. Entretanto, algumas delas foram além e criaram um mecanismo chamado “distância social”.
No circuito da Alamo Drafthouse, por exemplo, não é mais possível comprar assentos um ao lado do outro. Se você escolhe um lugar, o sistema automaticamente bloqueia a venda nas poltronas ao seu redor. Já nas salas da ArcLight Cinemas, a proposta é ainda mais radical: toda a fileira da sua poltrona não é mais vendida, de forma que você possa escolher à vontade o local onde quer se sentar.
Apesar de tais iniciativas, o público tem seguido a orientação de permanecer em casa nos últimos dias. Basta notar que a bilheteria do último fim de semana foi a pior em termos de faturamento desde 1995, com uma queda de 60% em relação à semana anterior. Não foi por acaso que tantos filmes tiveram sua estreia adiada nos últimos dias.