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Cinemas na Holanda terão limite máximo de 30 pessoas

Publicado por
Francisco Russo

Com a melhora nos números de infectados e falecimentos nas últimas semanas, vários são os países da Europa que têm feito planos para a saída da quarentena. O que, é claro, inclui também datas e regras para que as salas de cinema voltem a funcionar.

A Holanda não é diferente e, no calendário divulgado pelo governo local, a reabertura das salas está prevista para 1º de junho, ou seja, daqui a três semanas. Além das medidas sanitárias cabíveis e do esperado distanciamento social, no qual cada espectador precisará ficar pelo menos a 1,5 metro de distância, chamou a atenção uma regra em especial: a limitação máxima da capacidade da sala a 30 pessoas, independente de seu tamanho.

Tal decisão tem gerado protestos entre exibidores locais, que já previam a redução da capacidade, mas não tanto. “Como indústria, temos um protocolo feito pelos próprios exibidores que prevê salas com 100 pessoas. Isto é cerca de 25% da ocupação da sala, 30 pessoas é bem abaixo disto”, declarou Gulian Nolthenius, diretor da Dutch Association of Cinema Operators. “A questão é quais cinemas irão querer reabrir com tais restrições”, complementou, levantando a possibilidade que algumas salas prefiram aguardar a liberação de um número maior de espectadores para que, enfim, retornem ao funcionamento.

Sala de cinema sendo esterilizada, no norte da China

 

A discussão em torno de como as salas de cinema poderão funcionar em um cenário pós-pandemia tem gerado muito debate, mundo afora. No Brasil, duas salas seguem em funcionamento, ambas no Rio Grande do Sul, com capacidade de 30% e a orientação de que os espectadores sentem-se a dois metros de distância. É bem possível que tais medidas sejam adotadas pelo restante do circuito exibidor, que prevê uma retomada gradual das sessões em junho, ainda sem data definida.

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Jornalista e crítico de cinema. Fundador e editor-chefe do AdoroCinema por 19 anos, integrante da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro), autor de textos nos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros", "Documentário Brasileiro - 100 Filmes Essenciais", "Animação Brasileira - 100 Filmes Essenciais" e "Curta Brasileiro - 100 Filmes Essenciais". Situado em Lisboa, é editor em Portugal do Papo de Cinema.

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