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Cinemateca Brasileira retoma suas atividades

Publicado por
Marcelo Müller

Depois de uma novela de contornos trágicos que se arrastou por tempo depois – colocando em risco o patrimônio audiovisual do nosso país – a Cinemateca Brasileira retomou parcialmente suas atividades nesta quinta-feira, 18. Depois de firmar um contrato emergencial de três meses com a Secretaria do Audiovisual do Ministério do Turismo, federal, a Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC) poderá recontratar alguns funcionários que tinham sido demitidos em agosto de 2020, cujo conhecimento e expertise são essenciais para a continuidade de trabalhos que precisam de uma mão de obra específica. Assim sendo, parte do pessoal da área técnica está sendo realocada em seus antigos postos. A primeira atividade desse grupo ainda reduzido e insuficiente vai ser um levantamento dos possíveis danos que o descaso governamental causou no acervo de valor incalculável. Vale lembrar que a Cinemateca Brasileira passou mais de um ano e meio fechada, e que um incêndio atingiu seu galpão da Vila Leopoldina em julho deste ano.

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Essa retomada é importante, mas ainda não ameniza a preocupação com a situação desse órgão tão vital para a preservação de nossa memória. Utilizando fundos provenientes da Fundação Vale, o governo federal viabilizou a reabertura e prometeu restituir o Conselho Consultivo da instituição. Diretora executiva da Sociedade Amigos da Cinemateca, A professora Maria Dora Mourão conduzirá a entidade até que um contrato de gestão com duração de cinco anos seja finalmente assinado. Até lá, tratemos essa reabertura como uma vitória paliativa, mas ainda assim uma vitória. E desde já, o Banco de Conteúdos Culturais, no site da Cinemateca, está novamente acessível.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.