Ao longo do fim de semana o público também poderá assistir, com exibições gratuitas, a três grandes clássicos do cinema: A Doce Vida (1960), de Federico Fellini, O Leopardo (1963), de Luchino Visconti, e Alphaville (1965), de Jean-Luc Godard. Além disso, haverá um debate sobre a paixão cinéfila com Enéas de Souza, Hélio Nascimento e Hiron Goidanich, mediado por Fatimarlei Lunardelli, autora do livro A Crítica de Cinema em Porto Alegre na Década de 60.
A Cinemateca Capitólio será exclusivamente dedicada ao setor audiovisual, contando com uma sala de cinema stadium com 164 lugares, biblioteca, sala multimídia (destinada à realização de oficinas, cursos, palestras e exibições de filmes), cafeteria, salas de pesquisa, espaço para exposições e uma área inteira dedicada à preservação de filmes, roteiros, fotos, livros, cartazes e outros itens relacionados à memória do cinema e do audiovisual. Além disso, a Cinemateca passa a ser a sede oficial do Programa de Alfabetização Audiovisual, projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e financiamento do Ministério da Educação.
O prédio histórico, que fica na esquina da Avenida Borges de Medeiros com a Demétrio Ribeiro, foi sucesso na época dos cinemas de rua da Capital da década de 20. Em 1994, a Prefeitura o adquiriu, visando a sua futura restauração. Por sua relevância arquitetônica e cultural, o prédio foi declarado Patrimônio Histórico do Município de Porto Alegre em 1995 e do Estado do Rio Grande do Sul em 2007. O projeto de restauração e de ocupação do espaço teve ínicio em 2004, sendo patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
Com esta inauguração, a capital gaúcha passa a ser uma das poucas cidades brasileiras a contar com um grande cinema de rua, possibilitando às novas gerações o contato com um autêntico memorial da era de ouro da exibição cinematográfica.
(Fonte: Cinemateca Capitólio)