Muito embora já houvesse atividade cinematográfica em Ouro Preto desde a última quarta-feira, 19, apenas nesta quinta-feira, 20, que foi inaugurado oficialmente o 19º CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Na belíssima estrutura montada ao ar livre na Praça Tiradentes aconteceu todo o protocolo de inauguração do evento. Como a noite estava fria, foram acesos aquecedores espalhados pelo local a fim de amenizar a sensação térmica baixa que, ainda bem, não conseguiu espantar o público. Com o local completamente lotado (muitas pessoas em pé), a noite de abertura contou com a fala introdutória de Raquel Hallak, da Universo Produção, coordenadora geral não apenas do CineOP como também da Mostra de Cinema de Tiradentes. Ela discursou a favor da preservação cinematográfica e nos fez lembrar que isso precisa ser encarado como uma política pública séria, afinal de contas estamos falando de nosso patrimônio audiovisual.

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Foto/Leo Lara

“O audiovisual é um arquivo vivo de experiências humanas. O Brasil desenvolveu uma vasta e significativa tradição no campo do desenvolvimento de imagens e sons, mas não soube trabalhar sua preservação”, apontou Raquel. Antes que as autoridades subissem ao palco para os protocolos formais da abertura, houve uma performance circense dirigida por Chico de Paula para exaltar a capacidade da animação de criar mundos fantasiosos. Atores e atrizes desfilaram pelo local com figurinos alusivos ao universo sem limites da animação. Além disso, os cantores Rodrigo Negão e Titane cantaram para o público que coloriu a Praça Tiradentes.

Depois foi a vez dos animadores presentes subirem ao palco para receber as já programadas homenagens do evento. A ausência mais sentida foi a de Alê Abreu, que seria o grande festejado desta edição do CineOP. No entanto, infelizmente ele que teve de cancelar a vinda a Ouro Preto de última hora por conta de problemas de ordem pessoal. A noite foi encerrada com a exibição de curtas-metragens animados da mostra Temática Histórica, com destaque para A Saga da Asa Branca (1981), dirigido por Lula Gonzaga, precursor da animação em Pernambuco, e Novela (1992), dirigido por Otto Guerra, um dos principais nomes da animação gaúcha.

Foto/Leo Lara
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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