Situado numa atmosfera onírica do Japão rural, a narrativa inicia com um garoto adolescente que tenta fugir da sufocante proteção de sua mãe e depois se transporta para o desejo de um cineasta que busca enfrentar seu passado. Existe também um esforço para conciliar o indivíduo com o coletivo, o Japão antigo e o novo, através de um desfile de imagens emblemáticas que imprimem uma poesia carnavalesca nas memórias de Terayama.
O longa-metragem concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1975 e foi concebido com grande influência do universo do circo, tema da mostra que acontece no P. F. Gastal. Conhecido como “o alquimista das palavras”, Terayama começou a carreira nos anos 60 e também trabalhou no teatro, escreveu romances e poesias. O cineasta faleceu em 1983, aos 47 anos.
Fonte: Sala P. F. Gastal.