Clássicos brasileiros ganham mostra especial no XI Panorama Coisa de Cinema

O resgate de filmes marcantes de diferentes cinematografias já é uma tradição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, que na sua 11ª edição apresenta uma mostra de Clássicos Brasileiros. Seis filmes produzidos entre as décadas de 1960 e 1980 serão exibidos em cópias resultantes do projeto Recuperação do Acervo da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O evento acontecerá de 28 de outubro a 04 de novembro, em Salvador e Cachoeira, na Bahia.

Uma das obras de maior repercussão incluída na mostra, o documentário Raoni (1978), dirigido por Jean Pierre Dutilleux e Luís Carlos Saldanha, foi indicado ao Oscar e ganhou cinco prêmios no Festival de Gramado. Uma coprodução entre França, Bélgica e Brasil, o filme apresenta a luta do cacique Mekronoti Raoni pela preservação do Parque Nacional do Xingu, tema que ganha peso diante dos conflitos que têm ocorrido no Mato Grosso do Sul. Narrado pelo ator Paulo César Pereio no Brasil, o documentário ganhou a voz de Marlon Brando na versão em inglês.

Produzido pelo Brasil e a Suécia, Fábula (1965), mostra o olhar do diretor Arne Sucksdorff sobre a vida de crianças da comunidade Pavão-Pavãozinho que batalham a sobrevivência em Copacabana. Com narração em sueco e diálogos em português, o filme foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

O diretor Luiz Rosemberg Filho estará representado com duas obras, o drama Crônica de um Industrial (1978) e a comédia erótica O Santo e a Vedete (1982) . O primeiro mostra um empresário de esquerda em crise diante dos rumos do país pós milagre econômico. O segundo aborda a paixão de um político do interior por uma vedete do Rio de Janeiro. A mostra traz ainda O Fraco do Sexo Forte (1973), de Osíris Parsifal de Figueroa, e Sangue quente em tarde fria (1970), de Fernando Cony Campos e Renato Neumann.

(Fonte: Quarta Via Comunicação)