O filme Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra, é uma adaptação sombria do livro “A Arte de Produzir Efeito Sem Causa”, de Lourenço Mutarelli. Produzido pela RT Features, o longa-metragem fala sobre as complexas relações familiares e a impossibilidade de recuperar o passado, trazendo ao filme um clima de suspense.
Ainda esse mês, a editora Companhia das Letras deve lançar uma versão digital do livro, junto do roteiro adaptado e uma reimpressão da última edição da obra literária, que recebeu influências de Kafka e Dostoiévski.
Quando Eu Era Vivo começou a surgir depois que o diretor Marco Dutra leu toda a obra de Lourenço Mutarelli e a adaptação do livro escolhido durou cerca de quatro meses. “Acreditamos ter levado, à nossa maneira, as questões fundamentais do livro para o roteiro. Lourenço Mutarelli sentiu o mesmo ao ler nossa adaptação, o que nos deixou imensamente felizes”, conta Marco.
A história do livro e do filme gira em torno de Júnior, que, após um divórcio traumático, busca abrigo na casa do pai, Sênior, com quem mantinha uma relação distante. Lá, nada lembra o lar em que viveu quando jovem. O pai se tornou um homem estranho, rejuvenescido à base de exercícios físicos e bronzeamento artificial. Os objetos e fotos da mãe, morta há alguns anos, foram encaixotados e trancados no quartinho dos fundos. No quarto que dividia com o irmão, Pedro, agora vive a inquilina Bruna, jovem estudante de música que veio do interior para fazer faculdade. Após encontrar objetos que remetem ao passado e à sua mãe, Júnior desenvolve uma obsessão pela história de sua família e tenta recuperar algo que aconteceu em sua infância e que, até hoje, o assombra.
O filme traz no elenco nomes como Antônio Fagundes, Sandy Leah e Marat Descartes e chega aos cinemas no dia 31 de janeiro, com distribuição da Vitrine Filmes.
Fonte: Quando Eu Era Vivo.
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