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Clonaram Tyrone! :: Cineasta revela que teve ajuda de colega vencedor do Oscar

Publicado por
Marcelo Müller

No meio de tantos lançamentos diários em streaming, fica difícil a gente escolher o que assistir, não é mesmo? E corremos o risco enorme de perder ótimos filmes meio escondidos por algoritmos e outros interesses comerciais. Clonaram Tyrone! (2023) chegou recentemente ao catálogo da Netflix e, certamente, é uma das produções às quais prestar atenção nesse emaranhado de conteúdo à disposição. Nele, um trio inusitado é colocado no rastro de uma conspiração depois de diversos incidentes. Fontaine acorda normalmente depois de ser alvejado por uma saraivada de tiros. Isso mostra que há algo estranho na vizinhança. Estrelado por John Boyega, Jamie Foxx e Teyonah Parris, o longa-metragem é dirigido pelo estreante Juel Taylor. O que não sabíamos até uma recente entrevista do cineasta ao The Hollywood Reporter é que o filme teve uma mãozinha de ninguém menos do que Guillermo del Toro, vencedor do Oscar de Melhor Direção por A Forma da Água (2017).

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Na entrevista concedida por Juel Taylor ao veículo estadunidense, ele disse que havia um impasse quanto ao epílogo no qual os personagens precisam invadir um laboratório ultrassecreto (não vamos falar sobre os detalhes da trama para não atrapalhar a experiência de quem ainda não assistiu ao filme – cuja crítica você confere no box LEIA MAIS, logo acima). De acordo com Taylor, a ideia original era mostrar a ação como nos filmes da saga Onze Homens e um Segredo, ou seja, revelando a mecânica da operação, como nos típicos filmes de assalto. A Netflix não estava segura sobre esse desfecho e sugeriu que a equipe procurasse alguém de fora para fornecer ideias. Ainda segundo Taylor, Del Toro não apenas contribuiu com ideias, mas fez questão de acompanhar parte do processo de montagem.

Del Toro não apenas respondeu minha solicitação, mas me deu seu número pessoal. E então ele disse, ‘Estou indo para a sala de montagem’. E eu fiquei tipo, ‘O quê!?’. Ele passou o dia inteiro conosco, literalmente de oito a dez horas. Pedimos frango frito para o almoço (…) Ele foi tão generoso com seu tempo e é um gênio, obviamente (…) Passar um dia com Guillermo foi como estar de volta à escola de cinema. Além disso, ele sempre me ligava e me mandava mensagem depois para verificar as coisas”.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.