Como o Spotify revoluciona os serviços de streaming

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Se, há pouco, estávamos habituados a fazer o download de conteúdos audiovisuais, muitas vezes caindo nas redes de pirataria em razão do acesso dificultado a uma infinidade de obras artísticas, hoje em dia já não recorremos a essa prática – ainda bem!

Com o lançamento de plataformas de streaming, os hábitos de consumo foram remodelados. O acesso às obras dispensa o download, o que reduziu os números da pirataria. Conforme o TecMundo, o consumo de conteúdo adquirido ilegalmente sofreu uma redução considerável. No Brasil, foi constatado que cerca de 83% das pessoas assinam algum serviço de streaming, sendo que 82% assumem ter reduzido o consumo de pirataria por conta das facilidades da tecnologia.

Um dos serviços de streaming mais conhecidos é o Spotify, um case de sucesso no mundo do marketing. Criado na Suécia em 2008, o Spotify pode não ter tanto tempo de estrada, mas já é um grande hit de mercado. Com a maior parte de consumidores pertencentes à geração millennial, o aplicativo de músicas não perde espaço a qualquer outra geração, em termos de massa. Dificilmente se encontram pessoas que jamais tenham ouvido falar ou mesmo usado o serviço.

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Intervenção de mercado

A divulgação do balanço financeiro do Spotify para o primeiro trimestre de 2019 é animadora. O serviço alcançou os 100 milhões de assinantes, indicando crescimento de receita de 33% (por volta de 1,5 bilhões de euros). A empresa afirmou que as expectativas de alcance de assinantes até o final do ano estão na casa dos 117 milhões de usuários. Mas isso não é surpresa.

A estratégia utilizada pelo Spotify visa a experiência, ao invés de somente o produto, e o relacionamento próximo com o usuário. Isso reverberou em áreas afastadas de sua atuação, como o mercado de jogos, que também apresenta um crescimento considerável. Em 2018, a América Latina faturou cerca de US$ 134 bilhões, o que supera as indústrias de cinema e música juntas, de acordo com o site E-Commerce Brasil. A perspectiva é ainda melhor quando se fala em games de dispositivos móveis, consagrando a indústria de games como um setor de enorme potencial no desenvolvimento de campanhas de marketing de grande alcance.

Para 2022, as previsões para a indústria de games no Brasil indicam que o crescimento médio ao ano deve chegar a 8,9%, podendo faturar US$ 803 milhões. Essa é uma boa notícia aos jogadores profissionais, uma vez que agora poderá haver um crescimento de 30% no faturamento de competições.

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A preferência por serviços de streaming tem sido bastante clara nos últimos anos, o que tem trazido incômodo a alguns grandes personagens do mundo das artes. Exemplo disso é o cineasta Steven Spielberg ter movido alguns pauzinhos para a retirada dos filmes das redes de streaming das premiações do Oscar, fundamentando seu posicionamento no sentido de que seria mais adequado que as produções, por sua vez, concorressem ao Emmy – que promove obras de televisão. A Netflix, inclusive, já se posicionou a respeito, com uma indireta para o cineasta, afirmando que o amor ao cinema transcende ao acesso das obras cinematográficas pelas pessoas que, por variadas razões, não têm uma sala de cinema ou condições financeiras à disposição, e que isso não deveria ser um muro entre a arte e seus apreciadores.

O posicionamento da Netflix, aliás, é bastante próximo ao que acontece no entretenimento, como nas indústrias de cassino. A acessibilidade e o alcance à jogos desse segmento, como a roleta online da Betway, tem aumentado em todos os cantos do mundo, mas principalmente nos lugares que não contam com cassinos na região. Além disso, há a possibilidade de oferecer jogos novos a qualquer tempo, reforçando o relacionamento com o cliente e evitando que o serviço fique saturado – uma estratégia também muito usada pelo Spotify.

 

O papo agora é outro

Uma das relações indiretas entre a Netflix e o Spotify é construída informalmente entre os seus usuários, inclusive aqui no Papo de Cinema, que criam playlists públicas a partir das inspirações cinematográficas e compartilham entre si, ampliando ainda mais a difusão de conteúdo.

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Os sinais de que os tempos agora são outros vem de todos os lados. De acordo com o Tenho Mais Discos que Amigos, o Metallica foi uma das primeiras bandas contra o download gratuito de obras na internet, travando uma polêmica disputa com o Napster. No entanto, quando se fala em streaming, essa mesma banda tem um posicionamento completamente oposto, inclusive utilizando os serviços do Spotify como ferramenta de construção de playlists em seus shows e tours.

As perspectivas para o futuro com os serviços de streaming marcando presença não são tão complexas. Conforme já havíamos adiantado, mas com um foco mais voltado ao mundo do cinema, as estatísticas indicam que os lucros das bilheterias são menores que os lucros advindos das plataformas de streaming. Aparentemente, o streaming de música segue um caminho similar, visto que o crescimento tem se mostrado positivo ano após ano.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.

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