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15 ago

De vez em quando um filme simplesmente “estoura” no streaming e se torna um sucesso inesperado. Continência ao Amor (2022) foi um dos mais recentes desses fenômenos. De acordo com a revista norte-americana Variety, o longa-metragem já acumula mais de 100 milhões de visualizações na Netflix, o que realmente é um número maiúsculo. Na trama, um militar prestes a ir para a guerra e uma musicista se casam por conveniência. No entanto, aos poucos esse relacionamento de fachada vai ganhando temperos por conta de uma paixão que surge inesperadamente. A protagonista feminina é vivida pela cantora/ atriz Sofia Carson, que também agiu como produtora e escreveu as músicas para a trilha sonora. A produção é dirigida Elizabeth Allen Rosenbaum, ela que conheceu Carson em Pretty Little Liars: The Perfectionists (2019). Elizabeth pediu para seus amigos ficarem de olho num roteiro que a possibilitasse trabalhar com Carson novamente, até que o de Continência ao Amor chegou às suas mãos. E o script original foi alterado, pois ele previa a história sendo contada do ponto de vista do protagonista masculino.

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E o sucesso se deu. E sucesso geralmente suscita o quê no cinema? Sim, continuação. Mesmo que a história tenha sido pensada para se encerrada em apenas um filme, Sofia Carson recentemente afirmou que vem tendo conversas com Rosenbaum sobre as possibilidades de uma continuação. “Agora os fãs estão exigindo uma sequência e há tantas teorias montadas, tantos caminhos apontados por eles e até possíveis spinoffs…então,  claro que é adorável pensar em uma vida para Cassie e Luke além deste filme (…) adoro ser a Cassie e ficaria curiosa para ver aonde isso vai dar. Quem sabe. Nunca se sabe!”. Indo mais ou menos na mesma toada, Elizabeth Allen Rosenbaum falou sobre a possibilidade de seguir: “Quero dizer: poderia assistir aos dois e à sua química o dia todo. E eles são ótimas pessoas para se trabalhar, então definitivamente não descarto continuar. Não faríamos nada a menos que realmente amássemos, porque queremos permanecer fiéis ao original. Ainda não chegamos a nada específico. É sempre uma possibilidade”. Vamos aguardar, mas dificilmente esse êxito vai ficar sem uma continuação.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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